Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais…

Amigos, estou de volta a Boston, após 15 dias entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aonde…

Amigos, estou de volta a Boston, após 15 dias entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aonde firmei contatos e contratos, divulguei o trabalho cultural que o CamARIm e o Brazilian Times tem feito, fiz shows e reencontrei amigos e família. No Rio, não posso deixar de acrescentar o encontro com o querido Amilcar Cruz, o grande Pimpa, “Stage Manager” de Caetano Veloso nos últimos 20 anos, que nos deu a honra de comparecer ao show que fizemos em homenagem ao aniversário de Tom Jobim, a convite do maestro Rafael Barros (que arrasou no piano) no Centro de Música Artur da Távola, na Tijuca. Tive também o prazer de conhecer pessoalmente André Tavares e sua esposa Zélia, grandes divulgadores do nosso trabalho no Brasil. Cheguei em Belo Horizonte na segunda passada, em meio às chuvas devastadoras. Resolvi fazer a viagem do Rio à BH de ônibus, para apreciar a paisagem maravilhosa…

Na viagem, fortes chuvas marcaram o trajeto…

Me hospedei em um hotel na Savassi, presenciei de perto e senti na carne a dor que esse povo tão carinhoso está passando. Difícil de entender os tempos em que vivemos, chuvas, terremotos, incêndios florestais, hurricanes, diferentes viroses aparecendo a todo momento…Pedindo muito à Deus por respostas. Enfim, mergulhei na vida cultural de Belo Horizonte.

Estive no Palácio das Artes, matando as saudades do Grande Teatro, onde toquei várias vezes com Ney Matogrosso, Angela Ro-Ro, Evandro Mesquita…

Tive a sorte de chegar na hora em que uma mostra especial de cinema, a Retrospectiva de Martin Scorcese, estava em cartaz, apresentando toda a obra desse diretor tão genial. Diariamente 3 filmes, entrada franca. Fantástico! Conheci também mais à fundo a obra de Chichico Alkimin, o famoso fotógrafo e pintor.

Chichico Alkmim (1886-1978) estabeleceu-se em Diamantina, Minas Gerais, em 1912, e montou seu estúdio definitivo em 1919. Autodidata, fotografou casamentos, batizados, funerais, festas populares e religiosas, paisagens, cenas de rua e os habitantes da região.

O acervo do fotógrafo está sob a guarda do Instituto Moreira Salles desde 2015 e inclui registros de Diamantina e arredores na primeira metade do século XX.
Conhecido por sua ousadia e criatividade, Chichico deixou um legado de mais de 5000 negativos. Sua forma inusitada e revolucionária de abordar a arte da fotografia obteve repercussão mundial, criando uma linha. Uma magnífica exposição na qual passei metade do dia…

Para quem não o conhece, sugiro que pesquisem no Google Também no Palácio das Artes, estive na exposição ArteMinas, Narrativas Femininas. Pintura, escultura, desenho, bordados e novas formas de trabalhar objetos marcam a produção expressiva dessas várias gerações de criadoras.

De acordo com a Gerente de Artes Visuais da FCS e curadora da mostra, Uiara Azevedo, as artistas convidadas para a quinta edição do ARTEMINAS seguem as mais variadas linhas de produção artística, e demonstram a multiplicidade e força de seus trabalhos. “A produção dessas artistas tem uma característica de transgressão e resistência. Existe, em todos elas, cada qual com a sua motivação e forma de trabalho, inquietudes e forças muito singulares, que exploram o universo feminino em suas mais diversas possibilidades”, destaca…

Muita cultura e beleza aqui em Minas Gerais…Na música, tive o prazer de conhecer Eduardo Filizolla, grande artista, compositor (autor de “Meu nome é Terra”, “Amar a Vida”, “Domingo de Chuva”, “Mariana” e cantor, criador do Sarau do Filizolla.

Celso Adolfo Marques (autor dos sucessos “Nós Dois”, “Calango Dela”, “Remanso de Rio Largo” e muito mais…) e Affonsinho Heliodoro (autor de sucessos como “Vagalumes”, “Disco Voador”, “Delicada”, Escandalos de Luz”), super guitarrista de blues e muito mais. Ser recebido pelo nosso querido Carlos Vaz que estava de férias em sua casa na Pampulha…

Sempre fui um super fã da música mineira, Milton, Wagner Tiso, Beto Guedes, Flávio Venturini (tive a honra de gravar o violão na sua composição “Besame” na versão de Leila Pinheiro) o mestre da guitarra Toninho Horta, Lô Borges, e também trabalhei por alguns anos com os grandes pianistas e tecladistas Túlio Mourão e Márcio LoMiranda.
Espero voltar a BH em breve, quando as fortes chuvas, que impediram alguns encontros, assim permitir. .

Affonsinho Heliodoro bluesman
Ari Mendes e Rafael Barros Centro Musical Artur da Tavola
Ari Mendes guitar
Carlos Vaz e Ari Mendes na Pampulha em BH
Eduardo Filizzola

Fonte: Brazilian Times