Três destaques na comunidade dão nome às categorias do Notable Brazilian Award

Al Sousa deu nome ao prêmio da categoria Silver.
O Notable Brazilian Award é um evento…

Al Sousa deu nome ao prêmio da categoria Silver.

O Notable Brazilian Award é um evento que foi criado para homenagear os brasileiros e brasileiras que contribuem de forma positiva para o crescimento da comunidade nos Estados Unidos. No princípio, os agraciados eram apenas quem morava em Massachusetts, mas o evento cresceu muito e atualmente atinge todo o país.

Os homenageados são jornalistas, empresários, ativistas, religiosos, artistas, profissionais liberais, políticos, etc. As homenagens são divididas em três categorias de acordo com a quantidade de votos recebido por cada notável.

Para este ano, a direção do evento, que é produzido pela Classic Productions em parceria com o jornal Brazilian Times e Brazilian Community Heritage Foundation (BCHF), decidiu nomear cada categoria com nomes de brasileiros que fizeram um grande serviço pela comunidade ao longo dos vários anos.

A categoria Bronze foi chamada de Dr Domício Coutinho, de New York), a categoria Silver recebeu o nome de Al Souza, jornalista da Flórida, e a categoria Gold terá o nome Gisele Barreto Fetterman, Segunda-Dama da Pensilvânia.

A escolha destes nomes se deve ao trabalho que eles desenvolveram em prol da comunidade, bem como a sua importância para o crescimento da mesma.

GISELE FETTERMAN

Gisele Barreto Fetterman cresceu nos EUA, indocumentada, depois de sair do Brasil quando ainda era criança, junto com a sua família. Hoje, Gisele se tornou uma forte líder comunitária e uma ativista respeitada no oeste da Pensilvânia. Em 2012, ela fundou a Free Store, em Braddock, uma organização inteiramente voluntária que recebe bens excedentes e doados, redistribuindo-os sem nenhum custo para as pessoas que precisam.

Para aumentar o acesso aos alimentos além do alcance da Free Store em sua própria comunidade, Gisele cofundou o 412 Food Rescue para redistribuir o alimento descartado em todo o condado de Allegheny. Até o momento, a organização salvou mais de 2,5 milhões de libras de alimentos que seriam jogados fora.

Atualmente ela é a Segunda-dama da Pensilvânia, pois seu marido, ex-prefeito de Braddock, John Fetterman, é o vice-governador do estado).

Gisele se tornou uma das pessoas mais influentes no estado e sempre destacou que tem muito orgulho de sua história como imigrante e isso não é segredo.

A brasileira chegou aos Estados Unidos quando tinha apenas nove anos de idade, vindo do Brasil com a mãe e a irmã, chegando primeiro ao Queens, em New York, e depois se estabelecendo em Harrison, New Jersey. Gisele cresceu e encontrou uma paixão pela filantropia e a paixão por se conectar com diferentes indivíduos e comunidades também a ajudou a abordar melhor as críticas que ela sofre por ser uma imigrante.

Para promover a comunidade imigrante e conscientizar os norte-americanos sobre a importância de todos para este país, a atitude de Gisele é uma abordagem que nem sempre é aparente na discussão da mídia em torno da política nacional, mas é uma qualidade que definiu as carreiras dela e seu marido, John.

Gisele usou a abordagem para redefinir o que significa ser um imigrante nos EUA, principalmente para aqueles que os veem negativamente. Sua nova plataforma como Segunda-dama da Pensilvânia leva sua discussão a novos patamares e a coloca em um palco de abrangência nacional. Ela agora poderia redefinir o que significa ser um líder – um papel que muitas vezes foi definido pela dureza e por qualidades mais estereotipicamente “masculinas”.

Domício Coutinho

José Domício Coutinho é um autor, promotor imobiliário e fundador da Biblioteca Brasileira em New York. Ele nasceu em João Pessoa, na Paraíba, em 1931. Se mudou para os Estados Unidos em 1959. É bacharel em Teologia Aristotélica Tomística pela Universidade Gregoriana de Roma, bacharel em línguas anglo-saxônicas pela Universidade Jesuíta de Recife. Ele tem mestrado e doutorado em Literatura Comparada pela City University of New York (CUNY).

Em 2006, Coutinho fundou a Biblioteca Brasileira de NY, que abriga 7.000 títulos, com auditório para eventos, conferências, encontros literários, filmes e performances dramáticas.

A biblioteca foi visitada por importantes representantes do governo, diplomacia e academia. Pioneira em diversas atividades e tradições culturais, a biblioteca é a primeira e única do gênero a operar dentro e fora do Brasil.

Coutinho é o autor do romance Duke the Dog Priest. Ele também é autor de Salomônica, uma coleção de poemas de memória e amor.

Em 1986, ele com sua esposa e dois filhos iniciou um negócio imobiliária e administração de propriedades.

Em 1999, Coutinho fundou a Associação Brasileira de Escritores de New York (UBENY). Em 2002, foi admitido como comandante da Ordem de Rio Branco, uma instituição brasileira que homenageia aqueles que se destacaram em realizações culturais e patrióticas.

Em 2004, ele criou a Fundação Brasileira para as Artes (BEA), uma organização sem fins lucrativos para preservar e promover as tradições artísticas, literárias e culturais brasileiras para as comunidades brasileiras/americanas e latino-americanas, bem como para o público de diferentes origens interessados nas artes da linguagem musical e nas tradições culturais do Brasil.

Em 2004, Coutinho criou a Medalha de Mérito Machado de Assis para homenagear aqueles que se destacaram nas Tradições Culturais Brasileiras.

Ele é o nome mais forte da cultura brasileira nos Estados Unidos.

AL SOUSA

Quando se fala em jornalismo comunitário brasileiro nos Estados Unidos, não há como deixar o nome de Álvaro Raimundo de Sousa, mais conhecido por Al Sousa, fora do assunto. Isso porque ele fundou o primeiro jornal direcionado a brasileiros neste país – o Brazil News. Isso foi em 1969.

Apesar do jornal não durar mais do que cinco edições, foi o suficiente para entrar para a história da comunidade e abrir caminho para os jornais futuros.

Mineiro de Uberlândia, mas com “espírito carioca”, como ele gostava de se chamado, pois mudou-se para o Rio de janeiro com sua família quando ainda era uma criança. Desde muito novo ele sabia que seguiria na carreira jornalística, mas começou neste mundo por acaso, quando descobriu que um vizinho era proprietário de um jornal chamado “O Mundo”.

Al Sousa tinha 17 anos de idade quando foi chamado para trabalhar no jornal. Sua função era apura informações policiais.

Al Sousa era filho de um jornalista e escritor e por isso não foi difícil abraçar a profissão e seguir carreira. Com o tempo foi adquirindo conhecimento e experiência e teve em seu currículo passagens pelos principais veículos de comunicação do país, incluindo aí os jornais Diário de Notícias, Luta Democrática, O Fluminense e A Noite.

Com a chegada do regime militar no Brasil, Al Sousa optou, em 1968, pelo que chamou de “exílio voluntário” nos Estados Unidos. Vendeu tudo e resolveu se aventurar na América.

Ele morava com a família em Miami Beach, na Flórida, e em julho de 2016 faleceu, deixando um legado importante para a comunidade brasileira nos EUA.

Domício Coutinho deu nome aop prêmio da categoria Bronze.
Gisele fetterman deu nome ao prêmiuo da categoria Gold.

Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times