Bolsonaro depõe em Brasília por possível crime de peculato no caso das joias sauditas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento na quarta-feira (05) por cerca três horas na sede da Polícia Federal em Brasília, na investigação sobre as joias recebidas do governo da Arábia Saudita em outubro de 2021. O inquérito apura se o ex-presidente cometeu crime de peculato ao tentar ficar com as joias. Peculato é configurado quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens em razão de seu cargo.

Durante o período em que ficou frente a frente com os delegados responsáveis pelo caso, Bolsonaro foi questionado sobre os kits de joias recebidos das autoridades sauditas em visita oficial ao país durante seu mandato. O teor do depoimento está em sigilo e não foi divulgado.

Marcelo Câmara, assessor que trabalha na segurança de Bolsonaro, e o ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, também foram ouvidos. O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid Barbosa, então ajudante de ordens do ex-presidente, prestou depoimento no mesmo horário em São Paulo.

A defesa de Bolsonaro informou ter devolvido na terça-feira (4) a terceira caixa de joias, recebida da Arábia Saudita em 2019. As peças foram entregues à Caixa Econômica Federal. Os advogados de Bolsonaro já haviam devolvido o segundo estojo, por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que contém um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário da marca suíça Chopard, avaliados em R$ 500 mil. As joias não foram declaradas à Receita Federal quando ingressaram no país.

O primeiro conjunto de joias sauditas, avaliado em R$ 16,5 milhões e que teria a então primeira-dama Michelle Bolsonaro como destinatária, foi apreendido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos em outubro de 2019 com um membro de comitiva do governo Bolsonaro que retornava de uma viagem à Arábia Saudita.

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Fonte: AcheiUSA