Brasileiro é preso acusado de matar namorada transgênero em Miami

A comunidade LGBTQ de Miami está de luto pela morte da modelo transgênero e dançarina de salsa Yunieski Carey Herrera. Ela foi encontrada morta na madrugada desta terça-feira (17), no 19º andar do condomínio em que vivia com o brasileiro Ygor Arruda Souza, com quem mantinha um relacionamento.

Segundo os registros policiais, os oficiais foram chamados pelo próprio Ygor por volta das 4:25 a.m. Ao chegarem no apartamento localizado na Art Plaza Tower, em 58 NE 14th St., em Miami, ele informou aos agentes que havia ingerido um tipo de droga sintética conhecida como metanfetamina e teria “arruinado a sua vida”.

O brasileiro de 27 anos contou aos policiais que havia esfaqueado a companheira dentro do apartamento após uma crise de ciúmes. Os policiais acionaram o Miami Fire Rescue, mas Herrera teve a morte declaradas às 4:38 da manhã. Ela tinha 39 anos.

Segundo o relatório de prisão, Ygor disse a um detetive que o casal teria discutido e ele teve um ataque de fúria após a companheira ter dito que “ela tinha um homem melhor do que ele”. Ele informou aos policiais que foi à cozinha e pegou uma faca e um garfo, empurrou Herrera na cama e desferiu vários golpes.

Os policiais informaram, ainda, que ele tem tatuagem com o nome da modelo no braço e apresentava comportamento obsessivo em relação a ela.

Ele foi preso sem direito a fiança e irá responder à acusação de assassinato em segundo grau.

Ygor já tinha um histórico recente de violência. Os registros do Miami-Dade  Police Department mostram que ele foi preso em janeiro por três acusações de agressão. O caso continua aberto e ele tem uma audiência de julgamento agendada para o dia 8 de março de 2021.

Dados do Miami-Dade Corrections and Rehabilitation também dão conta que ele teria sido preso pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE) este ano e liberado após pagamento de fiança.

A modelo e dançarina cubana, Yunieski Carey Herrera

Yunieski Carey Herrera era cubana e conhecida como “Yuni Carey”. Ela atuava como ativista do movimento LGBTQ.

Na página de Herrera no facebook, membros da comunidade LGBTQ deixaram mensagem emocionadas de despedida e protesto.

“Estou tão triste em saber do falecimento de um dos nossos. Esta morte sem sentido de nossa comunidade trans é de partir o coração. Yuni, você sempre foi uma rainha, uma performer incrível e uma força a ser reconhecida, sempre adorei assistir a vídeos seus se apresentando. Que a sua luz para sempre brilhe”, postou um seguidor.

Pare de nos matar ! #JUSTIÇAFORYUNI, escreveu outro seguidor da modelo, em português.

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