Brasileiros no Sudeste Asiático serão repatriados em voo fretado

Governo brasileiro trará de volta na sexta-feira (17) pessoas que estavam sem conseguir sair da Indonésia, Tailândia e Vietnã

Planos interrompidos, falta de dinheiro e problemas para conseguir hospedagem são alguns dos percalços relatados por brasileiros que estão isolados no Sudeste Asiático sem conseguir voltar. O fechamento de fronteiras para tentar conter a pandemia do novo coronavírus deixou centenas de pessoas de mãos atadas. A boa notícia é que um voo de repatriação do governo brasileiro está marcado para acontecer na sexta-feira (17) e deve trazer a bordo cerca de 360 brasileiros.

O avião da companhia Garuda Indonesia fará três paradas para buscar passageiros: Bali (Indonésia), Bangkok (Tailândia) e Hanói (Vietnã). A aeronave ainda deverá fazer escala uma técnica em Doha antes de chegar em Guarulhos às 0h45 do sábado (18). 

“Fiquei bem surpreso como tudo tem se desenhado. Eu nem esperava que esse voo fosse acontecer, uma vez que o número de brasileiros no Vietnã não é tão grande [cerca de 40]”, disse à VT o paulistano Matheus Temporini, que está em Da Nang há um mês e embarca hoje à noite para Hanói. “A embaixada tem sido bem ativa e eficiente. Montaram um grupo no Whatsapp e estão dando apoio para quem precisa se deslocar até Hanoi. Também providenciaram documentos oficiais para serem apresentados às autoridades vietnamitas”, completa.

Mas nem todos os brasileiros que estão no Sudeste Asiático conseguirão voltar. Há relatos de pessoas ainda isoladas no Laos e no Camboja, que ficaram de fora do planejamento para o voo que será realizado na sexta-feira. Para conseguir um lugar na aeronave, foi necessário preencher um formulário e entrar em contato com a embaixada do Brasil, sinalizando a vontade de repatriação.

Para quem estava há semanas sem perspectiva de retornar, foi um alívio. Com voos cancelados e sem possibilidade de remarcação, brasileiros tentavam recorrer a alguns poucos voos que ainda partiam da Tailândia e da Indonésia, mas tinham preços exorbitantes, entre 10 e 11 mil reais. Por conta disso, uma das únicas alternativas encontradas foi recorrer às embaixadas brasileiras no exterior em busca de ajuda financeira e a solicitação de um voo de repatriação, medida tomada pelo Itamaraty em outras regiões do mundo como no Peru e nas Filipinas.

Brasileiros repatriados de Manila, nas Filipinas Brasileiros repatriados de Manila, nas Filipinas

Brasileiros repatriados de Manila, nas Filipinas (Ministério das Relações Exteriores/Divulgação)

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Fonte: Viagem e Turismo