Casa Branca analisa reprimir países e cidadãos que excedem tempo legal nos EUA

A Casa Branca está analisando novas punições e restrições de viagens para países cujos cidadãos permanecem além do prazo concedido legalmente em território americano – os “overstayed visas”. As notícias das possíveis restrições de viagem foram divulgadas pela primeira vez no domingo, 14, pelo Wall Street Journal.

De acordo com o funcionário do Departamento de Segurança Interna, alguns dos países com as taxas mais elevadas de vistos temporários que ultrapassam o prazo estão na África. Chade, Burkina Faso, Djibuti, Eritreia, Libéria, Somália e Sudão do Sul possuem as maiores taxas dos imigrantes que vêm aos EUA para turismo e negócios e acabam ficando. Apesar de enviarem um número relativamente pequeno de viajantes para os EUA a cada ano, a medida vai além desses países.

Por isso, a administração Trump quer aprovar novas restrições para concessão de vistos, diminuir o período concedido e também punir os imigrantes que passam o tempo previsto, que constituem a maior parte dos imigrantes indocumentados.

Visando conter a imigração ilegal, o porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, disse ao Wall Street Journal que a redução das estadias continua sendo uma prioridade para a administração, que monitora constantemente as atitudes dos indocumentados no país.

De remessas enviadas pelos imigrantes ilegalmente a recebimento de benefícios, o governo pressiona para que os funcionários da imigração avancem com planos de punir legalmente imigrantes no país que utilizam benefícios públicos, como food stamp, entre outros.

“É prioridade para a Casa Branca reduzir o número de pessoas que passam do tempo regular do visto e o programa de ‘waiver’ (para quem entrou pelo México). A administração está trabalhando para garantir um sistema imigratório justo, que proteja quem paga impostos”, disse Hogan Gidley, porta-voz da Casa Branca.

Ainda, para se ter maior controle de quem entra e sai do país, em 2004, o Congresso solicitou o desenvolvimento de um sistema biométrico para rastrear chegadas e partidas dos EUA. No entanto, administrações anteriores e a atual não conseguiram implementar o rastreamento biométrico de saída, embora a Alfândega e a Proteção de Fronteiras tenha conduzido vários pilotos.

Um relatório de 2006 do Pew Research Center estimou que até 45% da população indocumentada entrou no país com um visto válido, mas não saiu. Aproximadamente 11 milhões de imigrantes indocumentados residem nos EUA, de acordo com a última análise da organização.

O Departamento de Segurança Interna contabilizou 701.900 estadias de vistos de não-imigrantes no ano fiscal de 2017, apenas 1,3% de todos os visitantes de curto prazo nos EUA naquele ano.

A medida em análise, que também foi confirmada por um funcionário do Congresso, ocorre em meio a uma mudança de liderança entre os principais funcionários de imigração de Trump. Kirstjen Nielsen, Secretária de Segurança Interna, deixou seu cargo na semana passada e três outras autoridades recentemente renunciaram ou foram expulsas.

O post Casa Branca analisa reprimir países e cidadãos que excedem tempo legal nos EUA apareceu primeiro em .

Fonte: Gazeta News