New Jersey teve a maior taxa de mortes de qualquer sistema penitenciário nos EUA
A família de um detento da ICE que morreu enquanto estava detido na penitenciária no Condado de Hudson entrou com uma ação federal alegando que a morte do imigrante foi resultado de cuidados médicos inadequados na instalação. Carlos Bonilla, de 43 anos e pai de 4 filhos, morreu em 10 de junho de 2017, após 2 meses de detenção na prisão do ICE em Kearny. Ele é uma das 17 pessoas que morreram na prisão desde 2013, de acordo com o processo aberto quinta-feira (30).
“O Sr. Bonilla morreu de complicações de cirrose, uma condição tratável (os réus) sabiam, mas não conseguiram avaliar e tratar, apesar do conhecimento e repetidos pedidos de atenção médica de Bonilla”, de acordo com o processo aberto em nome da família do imigrante.
“O atendimento médico altamente inadequado dispensado ao Sr. (Carlos) Bonilla não são uma anomalia no Centro Correcional do Condado de Hudson”, afirma a denúncia.
Bonilla, um residente de Long Island (NY) que viveu nos EUA durante 25 anos, fundou e operou uma empresa de construção civil quando foi preso pelo Departamento de Imigração (ICE) em Central Islip, Nova York, em 1 de abril de 2017. Ele foi levado para a Penitenciária der Kearny, que abriga imigrantes detidos sob um acordo entre o Condado de Hudson e o governo federal.
De acordo com o processo, dois dias antes de sua morte, Bonilla tinha a voz arrastada, estava tonto, tropeçou e relatou ter tido diarreia quando foi levado de sua cela para comparecer ao tribunal de imigração. Ele foi levado às pressas para o Centro Médico de Jersey City, onde foram detectados coágulos de sangue na garganta, fezes com sangue, fraqueza e outras condições, diz o processo. Ele morreu 2 dias depois, segundo documentos, acrescentando que seus filhos tinham 8, 17, 21 e 24 anos na ocasião de sua morte.
Fonte: Brazilian Voice