Desempregados do Comperj voltam a trabalhar nas obras com salário 50% menor

Com a retomada das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), as ruas de Itaboraí aparentam estar movimentadas novamente. Entretanto, a recuperação financeira da população local ainda é muito distante. A paralisação das obras, em 2015, gerou forte impacto com o desemprego de cerca de 30 mil trabalhadores. Hoje, os que não voltaram para suas cidades natais, vivem de bicos, atuam em funções totalmente distintas da área em que trabalhavam, ou aceitaram voltar à obra por um salário bem menor.
No final de março, a Petrobras assinou um contrato de R$ 1,9 bilhão com o consórcio formado pela chinesa Shandong Kerui e Método Potencial para construir a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), em Itaboraí (RJ), que irá processar 21 milhões de m3 de gás natural por dia. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial do Município de Itaboraí (Sintramon), Paulo César dos Santos, cerca de 250 trabalhadores foram convocados para essa nova fase. Entretanto, a empresa não está priorizando a mão de obra local.
Sindicato reúne novos contratados para assembleia em Itaboraí. Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo-Eles estão trazendo pessoal de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Sul.

Fonte: Extra Online