Filhos de imigrantes presos em fábricas do Mississippi vão para abrigo improvisado

Após a prisão de 680 imigrantes indocumentados sem sete fábricas do Mississippi na quarta-feira (7), várias crianças ficaram desabrigadas e tiveram que ser levadas para abrigos improvisados por ativistas e membros de igrejas locais. No dia seguinte à operação, muitos foram levados para parentes distantes.

As crianças, muitas delas ainda bebês, tiveram que ser pegas
na escola por vizinhos e até estranhos e foram levadas a um centro comunitário
onde voluntários tentavam acalmá-las, segundo o canal12 News, afiliado à rede
NBC. Muitas não paravam de chorar, chamando pelos pais, que foram detidos pelo
governo.

Lutando contra as lágrimas, Magdalena Gómez Gregorio, de 11
anos, estava devastada por estar sem os pais.

“Governo, por favor, mostre um pouco de compaixão”, pediu ao
repórter do 12 News.  “Deixe meus pais livres
e todos os outros. Por favor, não deixem as crianças aqui chorando. Meu pai não
fez nada, ele não é um criminoso”, disse a meninas aos prantos.

“As crianças de que estou cuidando vivem com a mãe, que está
no país há 15 anos e não tem registro”, contou Christina Peralta, que é
madrinha de duas filhas de imigrantes. Muitas pessoas aqui não têm documentos e
estão no país há 10 ou 12 anos”.

Com a ajuda do dono da academia, Jordan Barnes, e de outros
líderes da comunidade, as crianças tiveram um teto para dormir e comida doada
para se alimentar.

Operação

O U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) prendeu em
um único dia 680 trabalhadores indocumentados em sete fábricas de alimentos no
Mississippi na quarta-feira (8). Segundo informações divulgadas pelo ICE, a
maior parte dos presos é de origem latina.

Cerca de 600 agentes se espalharam por fábricas de diversas
companhias, cercando perímetros para impedir a fuga de funcionários. As ações
ocorreram em pequenas cidades próximas a Jackson com uma força de trabalho
amplamente composta por imigrantes latinos, incluindo Bay Springs, Carthage,
Canton, Morton, Pelahatchie e Sebastapol.

Mais da metade deles, por não ter passagens pela polícia, foi liberada e vai responder a um processo em liberdade. (Com informações do G1 e AP)

Fonte: AcheiUSA