Empresa de cruzeiros Royal Caribbean suspende operações globais devido ao coronavírus

A empresa de cruzeiros Royal Caribbean Cruises disse neste sábado que suspendeu as viagens de sua frota globalmente devido à disseminação do coronavírus.

A operadora de cruzeiros disse que irá concluir todas viagens atuais conforme programado e que a medida entra em vigor à meia-noite, com previsão de retornar às atividades em 11 de abril de 2020.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que grandes empresas de cruzeiros, incluindo a Royal Caribbean, suspenderiam viagens por 30 dias a seu pedido, após diversos casos de transmissão do vírus entre passageiros no mar.

A companhia inicialmente havia suspenso seus cruzeiros nos Estados Unidos por 30 dias na sexta-feira, após o pedido de Trump.

Na sexta (13), o Ministério da Saúde determinou medida simular vetando a saída de novos cruzeiros no país enquanto durar a situação de emergência pelo covid-19, mas recuou após pressão.

As mudanças na posição do ministério foram publicadas neste sábado (14) em uma atualização do boletim epidemiológico desta sexta sobre o coronavírus. A nova versão do texto exclui o isolamento voluntário a viajantes e a medida que suspenderia pontos de parada de cruzeiros marítimos.

Também foram retiradas a recomendação de adiamento e cancelamento de eventos com grande público. Antes, a medida já era sugerida para todos os estados a partir de sexta (13). Agora, vale apenas para áreas com transmissão local do vírus.

No boletim, o Ministério da Saúde diz que os ajustes foram feitos diante de sugestões recebidas, inclusive por estados e municípios.

Ainda na sexta-feira (13), outra companhia, a Costa Cruzeiros, anunciou a suspensão de suas atividades até o dia 3 de abril, incluindo as viagens da temporada brasileira 2019/2020.

Também nesta semana, a Princess Cruises, operadora de duas embarcações que ficaram em quarentena após abrigarem diversas infecções por coronavírus, suspendeu as viagens de todos seus 18 navios por dois meses.

A decisão ocorreu depois que o navio Diamond Princess, da companhia controlada pela Carnival Corp., foi instruído a manter seus passageiros a bordo por duas semanas, depois que 40 pessoas foram apanhadas em testes do coronavírus.

Fonte: Folha de S.Paulo