O requinte gourmet da temporada das trufas brancas

Que soem as trombetas: finalmente chegou a temporada das magníficas trufas brancas de Alba.

A trufa branca é um fungo subterrâneo que ocorre naturalmente bosques piemonteses –na Europa, até a natureza é mais chique. Rara e de aroma inebriante, empresta seu requinte a pratos dos mais renomados restaurantes.

A iguaria surge apenas no outono europeu, quando gourmets do mundo inteiro a disputam a tapa. Num restaurante de São Paulo, uma codorna recheada purê de batatas com trufas brancas custa justos R$ 720. Corra para garantir seu lugar, pois as reservas se esgotam voando!

Nossa primavera também é a estação das bandejas de isopor vazias, uma inovação disruptiva já disponível nos melhores supermercados dos “suburbs” paulistanos.

Veja que genial: o cliente que adquire carne em bairros diferenciados –como o Jardim Ângela, no nosso “lower west side”– não precisa se preocupar com a mercadoria enquanto flana por entre as gôndolas. Após passar pelo caixa e pagar, o comprador troca a bandeja pela carne, que foi mantida refrigerada para garantir máximo frescor.

São Paulo, nesta época do ano, ainda é palco de festivais gastronômicos em que o “foodie” pode degustar de tudo um pouco e se perder entre tantos sabores sedutores.

O carrossel de delícias vai dos delicados peixes da águas árticas do Alasca ao churrasco de bois que dormem ao som de música clássica, passando por dezenas de acepipes étnicos e bons drinques. Há também espaços dedicados ao vinho –o consumo de brancos, tintos e borbulhantes explodiu nos últimos dois anos, excelente notícia.

Mas vamos sair um pouco de São Paulo, né? Porque o Brasil não é só a nossa bolha. Vamos ao ensolarado Ceará, que, acredite, tem muito a oferecer além do kitesurf e das “sunset parties” de Jeri.

Em Fortaleza, uma iniciativa em prol da sustentabilidade reuniu cidadãos preocupados com o destino do descarte de comida na cidade. Imbuídos de espírito cívico, os moradores interpelaram um caminhão da coleta de lixo municipal para dar uma segunda chance a alimentos em baixíssimo estado de putrefação.

É isso aí, minha gente, desperdício zero! Lindo exemplo que vem lá do Ceará! Mas também não se culpe demais se você fizer uma extravagância aqui e ali.

Para os dias em que você quer todo o luxo do mundo, existe uma restaurante nos Jardins que serve um tomahawk, corte com osso, do mais nobre gado angus, de origem britânica, folheado a ouro. Custa menos de R$ 500, imagine!

O ouro comestível não causa alergia e não tem gosto. Ele está lá para você brilhar. Seu ego merece uma massagem assim.

Para terminar a coluninha de hoje, uma notícia de economia: o Brasil é destaque num relatório de riqueza de um banco suíço, olha que máximo. Aqui, o 1% de inovadores que movem a economia detém 49,6% do dinheiro. Parabéns, empreendedores!

Só ficamos atrás dos magnatas da Rússia, que, além de deter 58,2% da riqueza, ainda têm caviar logo ali. Inveja branca como a neve da Sibéria, kkkkkkkk!

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Fonte: Folha de S.Paulo

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