Pizza do Subway parece sabotagem industrial

Inacreditável é a palavra.

Nenhuma outra descreve precisamente a pizza do Subway, que viralizou estes dias nas redes sociais.

Feia, murcha, pálida, muxibenta, macilenta, repulsiva, desajeitada, mesquinha. Todos adjetivos que se aplicam à tal pizza, mas nenhum com a precisão de inacreditável ou incrível.

Porque não dá para crer que uma empresa do tamanho do Subway –segundo a Wikipédia, a maior rede de restaurantes do mundo, e a Wikipédia não mente, né?– colocasse à venda um produto tão tosco e mal-acabado.

De tão bizarro, parece sabotagem industrial. Sei que não é. Imagino que não seja. Deve ser um episódio agudo de falta de noção corporativa. Mas que parece sabotagem, parece.

A foto que viralizou na terça fez com que a companhia pedisse desculpas pelo mau jeito. Dizer que a pizza retratada não correspondia aos padrões de qualidade Subway.

Quando você olha o site deles, porém, percebe que a pizza feiosa não difere tanto das fotos que a própria lanchonete publica como referência.

São as imagens de mock-up menos sedutoras já veiculadas pela indústria alimentícia. Nelas, é possível ver que a massa é branca e morta como os discos de pizza à venda no supermercado. Que o recheio é, numa visão otimista, econômico.

Pizza anunciada no site do Subway – Divulgação

O que essas fotos não mostram é a relação de tamanho entre a pizza e a caixa da pizza. Nos flagrantes dos infelizes compradores, vê-se que o alimento tem espaço de sobra na caixa –como uma top model dentro da fralda de um lutador de sumô.

Eu encaro quase qualquer pizza, bonita ou feia. A pizza mais feia que eu já comi foi numa parada rodoviária em Campos dos Goytacazes. Mas a do Subway ganha. Até pizza de cantina escolar fala mais ao estômago.

Eu queria prová-la para verificar se o sabor condiz com a aparência. Tentei, até.

Fui à única loja do Subway aqui em Ubatuba, onde estou morando por um tempo. Perguntei da pizza. A moça respondeu que só sábado. A equipe estava em treinamento para aprender a fazer pizza.

Oremos.

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Fonte: Folha de S.Paulo