“Estou mesmo precisando de um Caribe na minha vida…” Com expectativas ensolaradas, cheguei ao aeroporto de Guarulhos na segunda-feira 26 de novembro.
Elas começaram a virar garoa, porém, logo na sala de embarque. O voo 6850 da Avianca, para Bogotá, atrasaria.
Perdemos nossa conexão devido ao atraso. Éramos nove jornalistas rumo a Punta Cana, a convite de uma rede de resorts. O novo voo só partiria na manhã seguinte: tivemos que dormir em Bogotá.
Perdemos, assim, as primeiras atividades profissionais do roteiro. Mal sabíamos que o descarrilhar de erros da Avianca tinha derrubado apenas o primeiro vagão.
A companhia aérea perdeu, também, minha mala. Desembarquei em solo dominicano na terça 27, voo 128. Mas a bagagem que havia despachado em Guarulhos não estava nele.
Preenchi o PIR (Property Irregularity Report). Questionada, a atendente me comunicou que: 1. minha mala estava em Bogotá; 2. eu poderia gastar US$ 80, reembolsáveis, com itens necessários.
Precisei fazer compras. Precisei provar roupas que, solidárias, as meninas do grupo me emprestaram. Precisei fazer um sem-fim de ligações, ajudada, muitas vezes, pela minha namorada no Brasil.
A Avianca Brasil me jogou para a Avianca Internacional, dizendo que o erro ocorrera em trecho operado pela última. A Avianca local me “informou” que a mala ficara presa na segurança de Lima. Outro atendente falou que ela estava em Cali –e que eu poderia exceder os US$ 80.
Perdi mais atividades de trabalho, gastei US$ 223 com o extravio da mala. Quando a recebi? Só na quinta 29 à tarde.
Em casa, pedi o reembolso à Avianca Internacional, que me ofereceu milhas, voucher para resgatar voos ou US$ 130. Recusei. Subiram a oferta para US$ 150. Bateu a dúvida. Quanto tempo levaria uma briga na Justiça? Valeria o desgaste? Aceitei a última proposta.
Achou que o festival de falhas terminava aqui?
Não!
Voltamos a São Paulo um dia após o programado, porque um dos voos da Avianca foi cancelado. Mas esse perrengue fica para outro texto…
Fonte: Folha de S.Paulo