Combater crimes violentos no Ceará deve ser “prioridade máxima”, diz pesquisador

O número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs) no Ceará atingiu, no ano passado, o número recorde de 5.134, 44% acima do registrado em 2016, quando houve 3.407 casos, e o mais alto índice de violência dos últimos cinco anos.
Para o sociólogo Ricardo Moura, pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Conflitualidade e Violência da Universidade Estadual do Ceará, trata-se de uma questtão que deve ser encarada como “prioridade máxima do governo e da sociedade.” A informação foi divulgada sexta-feira (12) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
No entanto, destacou Moura, o que ocorre é que vai-se acostumando com as mortes e com a brutalidade delas, como se tais vidas não fossem importantes. “Investir fortemente em investigação criminal e inteligência policial é um fator que tem-se mostrado muito eficaz nos países que conseguiram reduzir suas taxas de assassinatos”, afirmou o pesquisador.
O secretário da Segurança do Ceará, André Costa, atribuiu o aumento de tais crimes à dinâmica da presença das facções. “Houve um acirramento das facções [criminosas]. Em grande parte, essas mortes são resultantes de disputas de território e de mercados. Temos que buscar trabalhar mais em cima das causas. Iniciamos um trabalho de territorialização da polícia”, explica, destacando que o efetivo da Polícia Militar ganhou novos 2,7 mil policiais.

Fonte: Agência Brasil