As mortes de turistas americanos em hoteis e resorts da República Dominicana aumentam e permanecem um mistério. Apesar da investigação em andamento, não se sabe o que realmente aconteceu e se, como suspeitam as famílias, as mortes estão conectadas.
Desde janeiro, quatro turistas morreram de forma inesperada e misteriosa. No ano passado também foram relatadas mortes semelhantes.
O mais recente caso divulgado é de Robert Bell Wallace, 67 anos, da Califórnia, que morreu em abril logo após ingerir um uísque do minibar do quarto localizado no Hard Rock Hotel & Casino resort em Punta Cana.
De acordo com sua sobrinha, Cloe Arnold, Wallace estava no resort para celebrar o casamento do enteado. Cloe disse que o tio adorava viajar e estava em boas condições de saúde. “Meu tio estava bem. Ele e sua esposa chegaram ao resort na noite do dia 10 de abril. No dia 11, ele bebeu um uísque, começou a passar mal, urinou sangue e morreu”.
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Miranda Schaup-Werner, 41, de Allentown, Pensilvânia, estava comemorando seu 10º aniversário de casamento quando morreu no Luxury Bahia Príncipe Bouganville, em 25 de maio deste ano, de um ataque cardíaco. Ela estava no resort há menos de 24 horas.
Alguns dias depois, Nathaniel Edward Holmes, 63, e Cynthia Ann Day, 49, do condado de Prince George, foram encontrados mortos em seu quarto no Grand Bahia Príncipe, em La Romana. Uma autópsia descobriu que o casal apresentava insuficiência respiratória e edema pulmonar.
As mortes estão conectadas?
Quatro dos mortos estavam hospedados nos resorts Bahia Príncipe, que fazem parte de um grupo de 14 hotéis da República Dominicana que são populares entre os turistas porque são completos. O Luxury Bahia Príncipe Bouganville, onde a Sra. Schaup-Werner morreu, fica a menos de cinco minutos a pé do Grand Bahia Príncipe La Romana, onde o Sr. Holmes e a Sra. Day morreram. Ambos estão perto da cidade de San Pedro De Macoris. O Hard Rock fica em frente à ilha dos outros dois hotéis em Punta Cana. Não se sabe em qual resort Bahia Príncipe a Sra. Sport estava hospedada.
O que os hotéis estão dizendo?
Em um comunicado divulgado na sexta-feira, o Bahia Principe informou que os relatos das mortes foram imprecisos e que o hotel estava comprometido em “colaborar completamente com as autoridades e esperar por uma pronta resolução de suas investigações e ações”.
O Hard Rock Hotels & Casinos disse em um comunicado na terça-feira à noite que está aguardando pelos relatórios oficiais sobre as mortes.
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O que as autoridades dominicanas estão fazendo?
O gabinete do Procurador-Geral da República Dominicana e a polícia nacional estão investigando as mortes, mas as autoridades do turismo vêm minimizando-as. O ministro do Turismo, Francisco Javier García, disse na semana passada que nos últimos cinco anos, mais de 30 milhões de turistas visitaram o país, e que essas mortes são “incidentes isolados” e a ilha é segura para os turistas.
O Ministério do Turismo disse na semana passada que os hotéis tinham 60 dias para instalar câmeras de segurança.
O que as autoridades dos EUA estão dizendo?
Em um comunicado divulgado na terça-feira, 11, o Departamento de Estado dos EUA disse que “as autoridades dominicanas pediram para a F.B.I. assistência para mais análises toxicológicas ”, e pode levar até um mês para receber os resultados. Uma porta-voz do Centro de Controle de Doenças informou que a organização não recebeu nenhum pedido de assistência da República Dominicana relacionado a essas mortes.
Teorias sobre o que pode estar causando as mortes
Tom Inglesby, diretor do Centro Johns Hopkins de Segurança da Saúde, disse em uma entrevista ao The New York Times que os sintomas que foram relatados, como edema pulmonar, sangramento e vômito de sangue, são “consistentes com envenenamento”. Mas até relatórios toxicológicos estarem disponíveis, “é difícil e cedo demais dizer definitivamente o que causou a morte dos visitantes”.
Mais de dois milhões de americanos visitam a República Dominicana todos os anos, representando cerca de um terço dos turistas do país.
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Fonte: Gazeta News