Mila Burns fala sobre mudanças do ‘Globo Notícia Américas’ para o Globoplay

Em entrevista exclusiva, Mila Burns fala sobre as mudanças do ‘Globo Notícia Américas’ para adaptação no formato plataforma multimídia do Globoplay e conta um pouco das novidades do jornal para 2020.

1) Com a chegada do Globoplay aos Estados Unidos, o ‘Globo Notícia Américas’ também passa a estar disponível na plataforma. Com mais essa janela de exibição, vocês estão prevendo alguma mudança no formato do jornal ou nos tipos de pauta?

Na verdade sim, e essa é uma pergunta interessante pois vamos ter que nos adaptar e aprender fazendo, já que esta é uma novidade enorme pra gente, agora que o jornal não é apenas produzido para exibição na TV mas também passa a fazer parte de uma plataforma. E sabendo que a audiência agora terá acesso ao Globoplay a todo tempo, estamos pensando em uma curadoria diferente.

Por exemplo, para a estreia, pensamos em cinco séries com reportagens longas, que antes não caberiam dentro do tempo do jornal, e que estão sendo feitas com exclusividade para o Globoplay. Algumas serão exibidas no jornal em versões mais curtas para a televisão, e na íntegra no Globoplay. São matérias que abordam temas como, por exemplo, o inverno nos Estados Unidos, em que a gente traz desde atrações turísticas na estação até dicas de saúde. Temos outra reportagem sobre mulheres brasileiras na América, e como elas estão se saindo na política, no mercado de trabalho.

Temos também uma série de cinco reportagens sobre as eleições, que cobre desde o Caucus de Iowa, até um serviço sobre quem pode e não pode votar. Todo esse conteúdo é exclusivo do Globoplay. Está organizado por temas e voltado para exibição na plataforma. Um jornal feito apenas para a TV não pode se organizar em temas, e sim pelas notícias, pelo que é quente. Quando vamos para a plataforma de streaming, vamos de um outro jeito, procurando atender às demandas do nosso público aqui nos Estados Unidos, e onde nos incluímos também. Mas essa é uma adaptação que estamos aprendendo enquanto fazemos e contamos muito com o público para nos dar esse retorno também. Para irmos nos ajustando a essa nova realidade, e que é uma realidade que esperamos por muito tempo, e estamos todos muito felizes com ela.

2) As edições que já foram ao ar estarão disponíveis na plataforma?

Algumas sim. A gente vai disponibilizar algumas edições na íntegra, e outras vamos selecionar reportagens e organizá-las em formato de trilhos, ou séries, reunidas desta forma por temas. Temos também entrevistas que foram históricas pra gente, com pessoas incríveis, de Fernanda Montenegro a Marisa Monte, além de profissionais de diferentes áreas que, se passaram pelos Estados Unidos, provavelmente passaram pelo nosso estúdio. Esse é um outro grupo de temas que estamos tentando disponibilizar também no Globoplay. O nosso foco é esse, é a gente olhar daqui pra frente com conteúdo exclusivo, o nosso conteúdo semanal, e também lembrando o que marcou a história do jornal.

3) No último ano o jornal ganhou novos colaboradores. Como editora-chefe, como é o processo de elaboração de pautas com esse time e quais os temas que ganham mais destaque no noticiário?

É um processo maravilhoso e para mim a participação dos colaboradores foi a melhor coisa do mundo, por que a nossa área de cobertura é muito grande, a região das Américas. Os Estados Unidos, que são o nosso foco principal também é um país muito grande, então os colaboradores estão de olho no que está acontecendo, não só na comunidade brasileira, mas na realidade de cada uma dessas cidades onde estão baseados.

Temos mais colaboradores vindo por aí, mas já contamos com um time grande de quase 20 profissionais. A logística é complicada então eu tenho um time que está de olho nisso, que conta com os produtores Rogéria Vianna e o Robin Siteneski, e a Nayla Duarte, na edição. Mas a participação de jornalistas colaboradores permite que a gente esteja em muitos lugares ao mesmo tempo e que a notícia esteja cada vez mais quente. Com eles, temos hoje um jornal muito diferente e, na minha opinião, melhor e muito mais próximo do nosso público. E a mídia comunitária também. Vale lembrar que ela tem o seu espaço dentro do Globo Notícia Américas.

4) 2020 é ano de eleições nos Estados Unidos. O que o jornal está preparando para o público?

Já estamos com um trilho exclusivo para o Globoplay, que deve estar no ar daqui a uma semana, mais ou menos. Na TV vamos ter uma matéria especial, mais curta, sobre a reportagem que o público irá ver em primeira mão na plataforma, que é sobre o Caucus de Iowa, e que a Amani Jaber, a nossa colaboradora em Chicago, fez pra gente. Também estamos com uma nova repórter em Washington, a Paola De Orte, que fez uma das reportagens especiais sobre votação.

A nossa prioridade esse ano são as eleições e, claro, ela é permeada por outros temas, como imigração, que é um tema central e que a Larissa Werneck, nossa colaboradora no México, está praticamente focada. E mesmo nossos colaboradores que estão fora dos EUA estarão focados nas eleições americanas. É o assunto mais importante para quem mora aqui, sem dúvida, e que vai definir as nossas vidas nos próximos quatro anos. Não tem como, para quem vive aqui, não estar super atento e ligado nessa questão. E o Globo Notícia Américas vai estar ligado também, obviamente.

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Fonte: Gazeta News