Pela primeira vez, Donald Trump e Joe Biden estarão frente a frente na campanha presidencial de 2020 nesta terça-feira, 29. O primeiro dos três debates entre os dois candidatos acontece na Case Western Reserv University, em Cleveland, Ohio, e será moderado por Chris Wallace, da Fox News.
O encontro terá início às 21 horas (horário local) com duração de 90 minutos, sem intervalos. Serão seis blocos de 15 minutos cada, divididos por assuntos, selecionados por Wallace. Não haverá checagem de fatos pelo moderador.
Um acordo entre os dois partidos estabeleceu que, devido à pandemia de coronavírus, os candidatos e o apresentador não trocarão apertos de mão, uma tradição de mais de 50 anos durante debates presidenciais, quebrada apenas por Trump e Hillary Clinton no último debate de 2016.
Eles também concordaram que Trump e Biden não precisarão usar máscaras depois que já estiverem no palco e distantes um do outro e das demais pessoas presentes no estúdio.
Até o dia das eleições, 3 de novembro, Trump e Biden têm ainda mais dois debates: em 15 de outubro, em Miami, mediado por Steve Scully, do canal C-SPAN, e incluindo perguntas de eleitores que estarão na audiência; e em 22 de outubro, em Nashville, Tennessee, com mediação de Kristen Welker, da NBC News, em formato semelhante ao desta terça-feira.
Já os candidatos a vice se enfrentarão apenas uma vez. Mike Pence e Kamala Harris irão debater no dia 7 de outubro em Salt Lake City, Utah, mediados por Susan Page, do USA Today, em nove segmentos de dez minutos cada.
Principais questões políticas
Os dois candidatos assumiram posições muito diferentes em uma série de questões políticas, como o combate à pandemia e plano de saúde para a população, por exemplo.
O plano de Biden para enfrentar a pandemia inclui a oferta de testes gratuitos a todos os americanos, a contratação de 100.000 pessoas para rastreamento de contato nacional, bem como o aumento dos locais de teste drive-thru. Ele também pede que Trump use a Lei de Produção de Defesa para aumentar a produção de equipamentos de proteção para profissionais de saúde, testando suprimentos e outros itens. O plano de Biden inclui etapas destinadas a ajudar empresas e escolas a reabrirem, incluindo apoio financeiro para reter e recontratar trabalhadores.
Já o presidente defende que não seja preciso tantos mais testes em massa, mas o distanciamento social e máscaras são importantes. A economia será impulsionada pela ajuda de mais um cheque de estímulo à população e também ajuda financeira às empresas.
Plano de Saúde
O plano de saúde de Biden expandiria muito os subsídios do Obamacare para tornar as apólices de seguro privadas disponíveis nas bolsas de valores mais acessíveis. O plano também criaria uma nova “opção pública” semelhante ao Medicare que as pessoas poderiam comprar. “Nós vamos adicionar a isso uma opção pública. E a opção pública diz que se você tem seguro baseado no empregador ou seguro privado, ou você está em intercâmbio, você pode se inscrever para uma provisão semelhante ao Medicaid-Medicare na lei e não despejar 300 milhões de pessoas no Medicare de repente “, disse ele em julho de 2019. Biden acrescentou que aqueles cobertos por planos de saúde baseados no empregador também podem escolher o plano público, se assim o desejarem.
Trump disse que assinaria duas ordens executivas para proteger os americanos com condições pré-existentes. Uma delas orienta o Congresso a aprovar uma legislação para lidar com o faturamento médico surpresa até o final do ano e, se os legisladores não conseguirem isso, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, tentará fazê-lo por meio de ação executiva ou regulatória. Com informações da AFP e CNN.
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Fonte: Gazeta News