
Horas depois que a Associação Nacional de Juízes de Imigração denunciou essa diretiva, o Governo reverteu a decisão
À medida que o coronavírus se espalha pelos Estados Unidos, grande parte do país tenta limitar a disseminação da pandemia. As escolas estão fechando, as empresas estão dizendo aos trabalhadores para ficarem em casa e os juízes federais estão restringindo a entrada nos tribunais para indivíduos de alto risco. Na segunda-feira (9), juízes de imigração tentaram fazer sua parte colocando cartazes do CDC que explicavam como identificar os sintomas do coronavírus e impedir sua propagação. Mas o governo Trump prontamente ordenou a retirada desses cartazes, alegando que os juízes não tinham autoridade para colocar avisos em seus tribunais sem permissão.
Horas depois que a Associação Nacional de Juízes de Imigração denunciou essa diretiva, o Governo reverteu a decisão, anunciando que permitiria os cartazes. Enquanto o governo rapidamente recuou com relação aos juízes de imigração, o Departamento de Justiça (DOJ) de Trump vem silenciando esses juízes há vários anos. Aparentemente, ele tentou transformá-los em engrenagens na “máquina de deportação do presidente”.
A controvérsia sobre os cartazes de alerta ao coronavírus é um microcosmo da atitude hostil do DOJ em relação aos juízes de imigração, nomeados pelo procurador-geral para julgar questões de imigração, incluindo procedimentos de asilo e remoção. Na segunda-feira (9), o sindicato dos juízes, a Associação Nacional de Juízes de Imigração, enviou uma carta com orientações sobre como lidar com o coronavírus. Entre outras recomendações, o NAIJ sugeriu que os juízes colocassem dois pôsteres preparados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), “COVID-19 Symptoms” e “Stop the Spread of Germs”, nas versões em espanhol e inglês.
Fonte: Brazilian Voice