Xingos e revolta na fronteira: imigrantes usam a força para tentar entrar nos EUA

Na tentativa de entrar nos EUA a qualquer custo, imigrantes na fronteira fizeram o uso da força em dia de caos

Foi um dia de caos para os EUA na sexta-feira (12), com a revolta de milhares de imigrantes na fronteira que fizeram o uso da força para tentar entrar no país. Cerca de 24.000 agentes da Patrulha de Fronteira monitoram a área

Da Redação – A revolta de imigrantes na fronteira do México com o EUA se agravou na sexta-feira (12), quando milhares de pessoas tentaram burlar a segurança americana e entrar à força no país. Gritos, empurra-empurra e afronta aos oficiais de imigração foi o cenário do embate, evidenciando a fúria de um povo discriminado. Com o fim do “Titulo 42” – política de expulsão utilizada sob o pretexto da pandemia de Covid-19 –, os indocumentados deram uma cartada decisiva, “agora ou nunca”, pois temem medidas mais duras nos próximos dias.

Pelo menos 24.000 agentes da Patrulha de Fronteira estão monitorando a área, além de 1.500 soldados que o Pentágono enviará em etapas nos próximos dias. Os EUA disseram que o momento é de tensão com o desespero dos imigrantes que não medirão esforços para entrar no país.  

O subsecretário de “Política de Fronteiras e Imigração” do “Departamento de Segurança Interna”, Blas Núñez-Neto, admitiu que aumentará o números oficiais na fronteira para garantir que as autoridades continuem atentas a qualquer evento que ocorra inesperadamente, como aconteceu na sexta-feira, com gritos, xingos e empurrões de indocumentados, usando a força para tentar entrar no país.

Com o fim da emergência sanitária, os EUA vão deixar de aplicar o “Título 42”, que permite a expulsão de imigrantes indocumentados sem possibilidade de pedir asilo devido à pandemia, mas vão estabelecer outras restrições na fronteira e começar a deportar através do regulamento conhecido como “Título 8”.

Núñez-Neto voltou a pedir aos imigrantes que busquem formas legais de entrar nos EUA e “ignorem as mentiras” de traficantes de pessoas – os coiotes –, que colocam “suas vidas em risco” ou prometem ajuda para cruzar a fronteira.

Fonte: Nossa Gente