Brasileiro que mora em Massachusetts explica acusação de peculato no Brasil

Semana passada fizemos uma matéria, através de uma denúncia, sobre um brasileiro, Thiago…

Semana passada fizemos uma matéria, através de uma denúncia, sobre um brasileiro, Thiago Pires Domingues, condenado no Brasil por peculato e que supostamente estava nos Estados Unidos. O processo apontava que ele fazia parte de um esquema de débitos indevidos na conta de clientes da Caixa Econômica Federal, órgão em que trabalhava no tempo.

Entretanto, Thiago solicitou o Direito de Resposta e explicou sua versão da história. Confira ponto a ponto!

Thiago, você sabia que estava respondendo o processo quando se mudou para os EUA? Por que se mudou para os EUA?

Este processo teve início em 2007, trabalhei na Caixa Econômica Federal até 2010, quando eu pedi demissão. A rescisão de primeira instância deste processo saiu apenas no final de 2019, eu moro nos USA desde 2016. O motivo da mudança foi o de muitos: vim buscar uma vida melhor para minha família e para meus filhos. Sou pai de 3.

Você pode nos explicar um pouco mais sobre essa condenação e em que etapa está o processo? Você recorreu?

Meus advogados no Brasil já recorreram e a decisão ainda não saiu. É um direito meu recorrer e pena não é no regime fechado, é no semiaberto. O processo fala claramente que nunca houve desvio ou apropriação de dinheiro por mim ou outros gerentes. Eu era gerente da CEF na época e eram feitas vendas casadas/ seguro-capitalizações sempre em nome dos mesmos clientes dos contratos. Nunca houve roubo, mas houve e ainda há sim infelizmente a orientação dos superiores para que sejam feitas vendas casadas nos contratos de empréstimos.

O processo, então, é sobre venda casada, sobre o cliente solicitar um empréstimo e junto com isso precisar ter um seguro de vida, que não é uma prática correta, mas que infelizmente recebemos sim orientação dos superiores para praticar. A beneficiada dessa história é a própria Caixa Econômica Federal e não eu ou qualquer outro gerente. Não recebemos um centavo desse valor, tampouco o processo diz isso. O processo é claro: é venda casada, não é desvio de dinheiro para ninguém.

Eu me arrependo e muito, tinha apenas 23 anos, mas a forma como foi retratada foi desproporcional a real situação. Não teve roubo nem benefício próprio, muito menos eu idealizei isso. Não estou foragido: estou em processo de legalização aqui nos EUA, tenho carro no meu nome, no meu endereço, as autoridades sabem onde moro. Apenas recorri a sentença.

E sobre a questão de umas casas que você tinha uma construtora, vendeu as casas e não entregou, como funcionou isso?

Então, eu era sócio em uma empresa que fechou um contrato para entregar apartamentos de 3 condomínios. Porém, o maior deles foi embargado por determinação ambiental. Até essa época tínhamos uns 300 contratos vendidos, mais de 220 foram devolvidos, mas ficaram alguns que ainda estão aguardando resolução e outros insistem que sejam julgados por danos morais, que ainda está em processo.

Os 3 terrenos estão alienados, ou seja, em último caso eles podem ser vendidos para quitar essas questões. Eram apartamentos populares, de preços baixos, com entradas de 3% a 5%. A empresa está aberta desde 1979, é uma empresa familiar e eu já não faço mais parte, já repassei a minha parte. Houve, de fato, uma denúncia. Mas foi apurado, foi tudo observado certinho, o único motivo da obra ter sido parada foi por causa do embargo ambiental, não teve golpe nenhum.

E porque, então, você acredita que fizeram essa denúncia contra você para o Brazilian Times?

Acredito que foi minha ex-esposa, mãe de meus filhos, em razão de vários pontos que envolve, muito, as crianças. Mas especialmente porque ela está respondendo alguns processos que me envolvem e deve querer que eu seja deportado antes do julgamento.

Eu saí de casa em julho de 2020, pois nos separamos, e eles estavam custodiados por ela. Em agosto ela abandonou eles comigo e depois recebeu uma ordem de restrição por abandono. Depois, ainda em agosto, tiraram a ordem de restrição contra ela por não verem risco e porque ela estava com saudade dos filhos.

Ofereci visita e ela se negou, disse que só poderia recebê-los no dia 30, domingo, pois estaria muito ocupada nos outros dias. No dia 30 levei as crianças, eles desceram do carro e bateram na porta, ela disse que havia mudado de ideia e que iria receber alguns “amigos” em casa e eles não poderiam ver as crianças ou eles iriam atrapalhar o “clima”.

As crianças então pediram pra ver os pets e ela se recusou, foi quando meu filho do meio começou a filmar. Então, teve brigas, gritaria e agressões contra nossa filha. Os vizinhos denunciaram, envolveu o corpo de bombeiros etc. Eu não subi com eles, estava lá embaixo, mas quando o médico analisou o machucado de minha filha, afirmou sim que a forma como ela foi machucada, só poderia ser da forma que a menina descreveu, confirmando as agressões.

Depois disso ocorreram várias situações, os vizinhos chamaram a polícia 7 ou 8 vezes por suspeita de maus tratos. Agora ela está respondendo por maus tratos e por violação de ordem de restrição. Tenho vídeos, áudios e imagens dos documentos que envolvem tudo isso. Em toda audiência ela pede o adiamento do julgamento, como se quisesse ganhar tempo, e aí recentemente descobri que ela está fazendo várias denúncias no ICE para que nossos filhos e eu sejamos deportados antes do julgamento dela.

Então o motivo dela ter enviado a denúncia ao Brazilian Times basicamente foi esse e não o interesse pelo cumprimento efetivo da “justiça”.

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Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times