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Gabinete de Proteção Alimentar diz que brasileira não cumpriu regras e vender comida no Brazilian Day da Philadelphia

Na edição anterior, o jornal Brazilian Times relatou a denúncia da baiana Andréia Santos,…

Na edição anterior, o jornal Brazilian Times relatou a denúncia da baiana Andréia Santos, que afirmou ter sido impedida de vender no Brazilian Day da Philadelphia, Pensilvânia, e isso lhe causou um prejuízo de US$10 mil. Ela afirmou que foi barrada de forma ilegal e que estava com toda documentação exigida pela lei.

Mas de acordo com o escritório do Gabinete de Proteção Alimentar do Departamento de Saúde Pública da cidade, não foi bem assim que aconteceu. A brasileira não foi impedida de vender no local. De acordo com a fiscalização, ela não poderia vender a comida, mas podia ficar no local e comercializar água e refrigerante.

A redação do Brazilian Times conversou com a organização do evento, bem como os responsáveis. O fundador e organizador Mestre Doutor Adenilson dos Santos. Ele confirmou que Andréia não cumpriu algumas das principais regras para poder vender comida no local. “Aqui nos Estados Unidos a fiscalização é muito rigorosa quando se trata de alimentos e o fiscal deixou claro que estava protegendo o público.

Adenilson disse que quando Andréia demonstrou interesse em vender no Brazilian Day, ele passou o contato e toda a documentação que ela precisaria trabalhar no local. “Além das regras determinadas pelo Gabinete de Proteção Alimentar, ela deveria ter licença de cozinha e permissão da cidade para vender ao ar livre”, disse.

De acordo com o organizador, ela também precisaria de uma geladeira pequena para conservar as comidas frias e uma estação de água morna. Ele afirmou que ela foi ao Home Depot e tirou fotos dos produtos e enviou para a Prefeitura. “Os fiscais acreditaram que ela tinha tudo e deram a permissão para vender no local”, disse.

Mas Adenilson destacou que não foi isso que a impediu de vender comida. “Todos os donos de barracas chegaram ao local cedo e prepararam tudo para receber o público quando o portão fosse aberto, a 1:00 pm. Mas quando o fiscal chegou na barraca dela, encontrou várias irregularidades”, disse.

A primeira foi o fato da geladeira não estar ligada e não havia uma estação de água morna para manter a temperatura da comida quente. “Mas este não foi o maior problema apontado pelo oficial. De acordo com a fiscalização, a brasileira não cumpriu uma determinação para quem tem licença de cozinha, que é cozinhar no local. Ela reparou tudo em sua casa e inclusive gravou vídeos e publicou em sua conta no Instagram. Depois ela dirigiu por 40 minutos com a comida pronta”, explicou.  “Além disso, ela armazenou a comida em recipientes não térmicos”, continuou.

Adenilson acrescentou que o fiscal colocou um termômetro na comida que ela trouxe e constatou que estava estragada e não poderia permitir que ela fosse vendida para as pessoas. “Estou fazendo isso pelo bem do público”, disse o oficial que acrescentou que a brasileira estaria liberada se comprasse ingredientes novos e preparasse no local.

Em relação ao prejuízo que ela afirmou que teve, Adenilson disse que em equipamentos o valor não passa de US$500, pois a geladeira custa em média US$350. Ele também firmou que os custos dos alimentos não devem ter ultrapassado US$4,500, valor confirmado pelo marido dela diante do fiscal, mas rebatido por ela. “O meu trabalho como organizador, como todos sabem, é ajudar o máximo de pessoas possível, mas infelizmente ela não seguiu as regras que estavam no documento que ela assinou”, disse. “As pessoas precisam entender que nos Estados Unidos não funciona o jeitinho brasileiro”, continuou.

Durante a discussão como fiscal, a brasileira o teria chamado de racista e isso o deixou mais indignado com a situação, pois ele também tentava encontrar um jeito dela continuar a vender no local. Aliado a isso, as denúncias que ela fez nas redes sociais chamou a atenção das autoridades locais e o Gabinete de Proteção Alimentar a colocou na “lista negra” e ela estará sob monitoramento quando solicitar uma nova permissão.

Documento assinado pela brasileira com as regras para vender no local

Fonte: Brazilian Times