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Oficina de brasileiros luta na Justiça para continuar a atender a comunidade em Framingham

Os proprietários da Ze Carlos Auto Repair, localizada no 243 da Howard Street, solicitaram à…

Os proprietários da Ze Carlos Auto Repair, localizada no 243 da Howard Street, solicitaram à Junta de Apelação de Zoneamento (ZBA, sigla em inglês), em setembro, a renovação de uma permissão especial que permitia a volta dos trabalhos de reparos de transmissão no local.

A ZBA recusou o pedido, citando preocupações levantadas pelo Comissário de Edifício, Michael Tusino, sobre a condição das instalações.

Os proprietários do local, Tânia e Dan Bicalho, contestaram a decisão no Tribunal, e argumentaram que o Conselho estava mais preocupado em melhorar a imagem do centro de Framingham do que em avaliar os critérios de zoneamento quando negou a Permissão Especial.

Em um recurso apresentado no Tribunal Superior de Middlesex, em 8 de janeiro, um advogado representando a Bicalhos argumentou que o Conselho deveria ter baseado sua decisão em critérios como se os serviços públicos são adequados e se um negócio de reparo de transmissão cria problemas para propriedades vizinhas ou prejudica o meio ambiente.

Em vez disso, o Conselho baseou sua decisão em supostas violações da licença existente e no fato de que Framingham está tentando reformular a área onde a loja está localizada, segundo os queixosos.

A ZBA “impropriamente injetou esse critério em sua análise”, segundo os empresários, citando como evidência um e-mail que receberam de um funcionário da Prefeitura incentivando-os a considerar o uso da propriedade como um restaurante, “ou para alguma outra comodidade que os novos residentes do bairro possam desfrutar”.

A propriedade é usada há mais de 40 anos para negócios automotivos e, em janeiro de 2001, foi autorizada, pela ZBA, a atuar em reparos de transmissão.

Os proprietários recorreram ao tribunal vários anos para garantir o seu direito e manter o negócio funcionando, entrando com uma ação contra a ZBA no Land Court em 2006. O tribunal proferiu uma decisão no ano seguinte, encontrando uma autorização especial válida, e o negócio deveria ser ter direito de permanecer aberto.

O tribunal considerou que a propriedade é um local apropriado para o trabalho com automóveis, citando a falta de casas próximas, a proximidade dos trilhos da ferrovia e a longa história de atividades comerciais semelhantes na região.

A ZBA posteriormente emitiu uma licença especial suplementar de dois anos, em novembro de 2016, permitindo o trabalho de reparo de transmissão e atividades relacionadas. Os Bicalhos solicitaram uma renovação em setembro, mas a ZBA negou o pedido.

Durante duas audiências em novembro e dezembro, Tusino disse que os carros estão constantemente estacionados do lado de fora da loja, bloqueando a calçada, e os mecânicos podem ser vistos trabalhando fora da garagem, gerando reclamações do público.

Os veículos também ocupam, com frequência, uma área de estacionamento lateral, destinada a acomodar no máximo nove carros de cada vez, segundo Tusino. A autorização especial concedida pela ZBA em 2016 permitiu que a empresa utilizasse a área de estacionamento. Mas em uma recente visita, Tusino disse que viu vários veículos sem registros válidos estacionados lá.

Os Bicalhos alegam que a decisão da ZBA foi “irracional, legalmente insustentável, caprichosa e arbitrária” porque a diretoria não considerou os numerosos critérios sobre os quais deveria basear sua decisão e avaliou outros pontos não previstos na lei de zoneamento da Cidade. Eles pediram a um juiz que decidisse que a decisão do Conselho era errônea e que invertesse a posição da ZBA.

Em uma resposta apresentada no tribunal, no dia 1º de fevereiro, o Procurador da Prefeitura, Christopher Petrini, defendeu as ações do Conselho, ofereceu diversas defesas legais e solicitou um julgamento por júri para resolver o caso.

Alguns internautas afirmaram nas redes sociais que Tunisio está pressionando as empresas ligadas ao ramo de automóveis e não é apenas a Ze Carlos Auto Repair que passa por este tipo de problema.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times