WHEN GOD CLOSES A WINDOW, HE OPENS A DOOR

Foto da brasileira que preferiu não mostrar o rosto.

Às vezes é preciso ter que perder algo para mudar de vida. As pessoas se acomodam naquela “vidinha” e precisa que algo sério aconteça para que novos planos surjam e sempre para o melhor! Na maioria das vezes, quando isso acontece, as pessoas pensam que a nossa vida está destruída, acabada ao ponto delas se sentirem como se estivessem na lama, “mas há males que vêm para o bem”!

Em Abril de 2018, Ismenia Gardner recebeu uma mensagem de texto de uma mulher de 40 anos de idade para quem havia doado roupas de inverno três meses antes.
A mensagem dela dizia:

“Você tem roupas para doar? Estou de volta à Massachusetts, mas fiquei detida em uma prisão nos Estados Unidos quando estava entrando no País. Fiquei detida por um mês e 13 dias. A Imigração me liberou mas minhas malas ficaram presas. Gostaria de saber se tem algumas roupas para doar”.

Ismenia respondeu que iria ligar para Gláucia de Souza, da Igreja São Tarcisus, de Framingham (Massachusetts), do Padre Volmar Scaravelli, pois são eles quem lhe doam as roupas.

Ismenia sempre recebe ligações de pessoas perguntando se tem roupas para doar, mas nunca de alguém dizendo que foi presa. “Meu coração doeu só de pensar como deve ter sido horrível e humilhante para uma mulher, principalmente por ser do meu país, ter sido presa e ainda pior, dormir mais do que uma noite em prisão”, disse.

“Não aguentei de curiosidade e perguntei o motivo. Ela disse que morou em Massachusetts por dois meses com visto de turista anteriormente. Voltou ao Brasil para resolver um negócio pendente. Ela disse que na época do seu divórcio o ex-marido concordou em não vender a casa deles de imediato. E quando fossem vender, seria dividida em duas partes.

Mas o ex-marido não cumpriu com o trato. Ele anunciou no jornal da cidade onde eles moravam que ela havia mudado para o exterior e que ele não tinha o contato dela. Então pediu a justiça no Brasil a autorização para que a casa deles fosse vendida sem a assinatura dela.

A intenção dele era de ficar com o dinheiro todo. Ela disse que a família dela viu o anúncio e lhe avisaram. Ela voltou ao Brasil e ficou lá por 2 meses. Venderam a casa e dividiram o dinheiro. O seu ex- marido lhe garantiu que ela não iria curtir aquele dinheiro pois já tinha planejado a morte dela. E dessa vez ele iria cumprir com sua palavra”.

Foi quando ela decidiu a voltar para os Estados Unidos. Ela viu o quanto o ex-marido estava com raiva e ficou com medo dele. Além disso, seu sonho era viver na América de qualquer maneira. Ela queria também aproveitar que tinha Visto para entrar no país. Ela chegou aos Estados Unidos em Abril de 2018. Seu voo era para um outro estado antes de chegar em Massachusetts, seu destino final.

Mas infelizmente não aconteceu como a primeira vez que -a deixaram entrar sem interrogatório algum.

“Dessa vez fiquei detida. Entreguei o meu Passaporte para o agente no guichê da Imigração. Ele me fez algumas perguntas, disse que eu havia estado ilegal nos Estados Unidos anteriormente então iriam me colocar no primeiro voo de volta para o Brasil. Meu coração disparou, eu sentia até dor no peito. Minhas pernas ficaram moles e bambas. Eu pensava que iria desmaiar. As mãos gelaram, fiquei trêmula, minha garganta secou ao ponto que nem saliva descia. Parecia que tinha sugado minha boca com um vácuo. Eu sentia meu rosto avermelhado.

Era como se estivesse em chamas. Minhas orelhas também estavam pegando fogo. E achei interessante que não chorei. Acho que o choque foi tão grande que a água que existia no meu corpo havia secado como um riacho em terra que não chove. Tudo que desejei foi chuva de benção sobre minha cabeça e que minha alma fosse refrigerada.

Eu nunca havia lido a Bíblia, mas me lembrei que minha mãe sempre lia o Salmo 23, versículos 3 e 4, que diz: ‘Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam’.

Mas eu estava morrendo de medo. Eu sabia que eles não iriam me matar, mas tinha medo de ser presa aqui ou se voltasse para o Brasil teria que me esconder do ex-marido para o resto da minha vida. Enquanto eu falava com um oficial, uma outra funcionária levou minha bolsa incluindo meu telefone para serem revistados.

Eu assinei tudo para ser deportada. De repente uma oficial me chamou novamente e perguntou se eu teria medo de voltar ao Brasil pois, ela viu uma mensagem no meu celular de uma amiga dizendo: ‘era injusta a perseguição que você estava vivendo pelo seu ex-marido’.

Eu disse que sim que minha vida lá estava em perigo. Ela me disse que eu poderia ficar, ir para a detenção e pedir asilo’.

Ela disse que foi levada algemada para uma cadeia bem longe do aeroporto. “Fomos em uma van. Prisioneiros éramos três, dois homens e somente eu de mulher. Parecia que eu estava indo para um cemitério, de tanta tristeza. E quando chegamos na prisão, fiquei surpresa ao ver o prédio.

Eu imaginava muros bem altos, como já vi em filmes. Mas esse parecia um hotel por fora, bem moderno. Os homens foram para um bloco e eu para o bloco das mulheres. São vários prédios! Muito grande! E tudo muito limpinho. Quando cheguei, eles me deram as roupas de prisão, lençóis, cobertor e um kit com escova de dentes.

Eles trocavam as roupas de cama e de vestir 4 vezes na semana. Eles não tratavam agente mal. Quatro dias depois, tive minha entrevista com uma oficial de asilo. Contei toda a minha história e conversamos por quatro horas, mas ela me negou.

Eu derramei em prantos, daquele momento em diante, eu chorava dia e noite. Eu pensava que aquilo era uma humilhação muito grande! Ser presa porque queria morar nesse país especial, mas eu sempre sonhei em morar aqui. Mas essa é a lei e não deveríamos quebrar.

Eu vim de livre espontânea vontade. Somos o que escolhemos. Apesar de tudo que eu estava passando, comecei a sentir que Deus tinha refrigerado a minha alma. Me lembrei novamente do Salmo 23. Eu implorava por uma Bíblia Sagrada e pedi a vários oficiais até que um dia, um deles chegou e me disse ‘eu encontrei uma Bíblia para você’.

Eu dei uma respirada profunda, senti um alívio no coração e parece que vi uma esperança à minha frente. Ainda tinha algo que eu não conseguia: era comer a comida de lá. Eu ficava só imaginando a comida deliciosa que tinha no Brasil. Eu ainda continuava bem sensível e sempre chorando. Chorava baixinho para não perturbar nenhum oficial ou quem eu dividia a cela.

Não que eles eram ruins para com as prisioneiras. Na verdade os funcionários eram educados e tratavam todos com respeito. Só teve uma vez que pedi um creme para a pele e a oficial me disse: ‘isso não é um hotel. Isso é uma prisão. Nós não temos loções’. Eu tentei explicar que tenho problema de pele ressecada e perto do meu calcanhar estava sangrando.

Ela me pediu desculpa. A partir daquele dia eu estava me conformando, aliás, aceitando a situação que estava vivendo e parecia que a ansiedade estava diminuindo. Tinha uma janelinha pequena no alto da cela e dava para ver o sol, onde eu gostava de orar. Eles me mudaram de cela e fiquei com uma mulher da África que também estava presa pelo mesmo motivo que eu.

Eu sentia claramente a presença de Deus e via Ele através de pessoas. Essa mulher tinha exatamente a minha idade e me aconselhou a ter fé e que somente Deus me tiraria dali. E falou que eu era uma mulher forte, para eu levantar a cabeça, pensar positivo, visualizar o que eu gostaria que acontecesse e que tristeza matou a muitos.

Falou também para eu falar com Deus e sentir a Sua presença. E que Deus não mora lá no alto, atrás das nuvens, Ele estava ali presente ao meu lado. Eu também tive a oportunidade de conversar com Pastores nas Terças-feiras na Biblioteca, Quinta feira através dos vidros e nos finais de semanas duas mulheres da Igreja Católica levavam Comunhão e vinho, no qual eu comungava aos Domingos.

Comecei a sentir que não estava sozinha e entendi que todos nós prisioneiros estávamos no mesmo barco. E acreditava que Deus iria nos encaminhar para o destino certo: de volta para nosso País original ou ficar no maravilhoso País das Maravilhas.

Eu comecei a rezar para aquelas mulheres sair da prisão. Parecia que quando esqueci de rezar por mim e começar a rezar para outros, minha dor estava diminuindo. Pedi a Deus que confortasse o coração de todas aquelas prisioneiras. Um oficial me perguntou se eu queria ver uma Psicóloga, eu aceitei. Toda ajuda seria bem-vinda pra eu ter mente saudável.

Dois dias depois, marcaram para eu falar com um juiz. Foi uma juíza quem me entrevistou. As outras prisioneiras me falaram que aquela juíza era muito dura e difícil de autorizar alguém a ficar. Eu já tinha perdido as esperanças e disse que seja a vontade de Deus pois, ele sabe o que meu coração almeja.

Quando entrei na sala em frente da Juíza, ela me disse que eu não expliquei bem o porquê corria risco no Brasil. Eu falei tudo e ela disse: “Sim! O seu medo é credível vou lhe manter sobe custódia e poderá pedir sua liberdade condicional.

Eu também conheci pessoas negativas na prisão. Algumas prisioneiras me disseram que era difícil conseguir liberdade condicional. Mas Deus é tão maravilhoso que colocou um oficial que me ouviu e me ajudou muito. Aquele oficial foi Deus em forma de ser humano. Rezarei por ele todos os dias da minha vida. Eles me autorizaram em ter uma advogada através do governo.

No dia da entrevista de liberdade condicional minha advogada tinha mandado os documentos para um outro oficial e não pude ter a entrevista. Fiquei desesperada, era uma Sexta Feira e ele disse que esperaria até Segunda Feira. O oficial não conseguiu a falar com a advogada por uma semana.

Mas quando ela voltou, me disse que eu seria livre. Eu pulei de felicidade , não sabia se ria ou chorava. Abracei a advogada, ela ficou surpresa, ajoelhei e agradeci a Deus na frente dela. A advogada me deu uma carta de recomendação para levar em um novo advogado em Massachusetts, onde era o meu destino final.

Ela me disse que eles iriam despachar minhas malas para o endereço que providenciei da casa da minha amiga. Agradeço a Deus pelos Pastores que conheci. Eles me levaram até a rodoviária, compraram a passagem de ônibus e me instruíram como chegar no estado de Massachusetts. Eles também me deram roupas, snacks, água e o número dos seus telefones em caso de emergência.

Viajei 25 horas de ônibus até chegar na casa da minha amiga e valeu a pena! Fui muito bem vinda por ela, seu esposo e dois filhos. Só Deus para pagar a bondade do coração daquela família tão abençoada. Serei grato pelo resto da minha vida.

Antes de tudo isso acontecer, eu me sentia invencível e quase não chamava o nome de Deus e nem ia em Igreja alguma. Hoje sou a prova de que sem Deus, não somos nada!”

Na semana passada, Ismênia recebeu outra mensagem dessa mesma mulher dizendo:
”Hi Ismenia, você se lembra de mim? Você me deu roupas em 2018. Eu havia ficado detida em uma prisão da Imigração.

Ismênia: claro que me lembro de você! E pensou: “Oh no! Ela está com problemas de novo”. “Ela continuou a mensagem, mas em Inglês, que na hora eu pensei que uma outra pessoa estava escrevendo aquela mensagem”.

“I want to thank you for the clothes you gave me. I got my green card, I read the Bible everyday and go to Church. I also learned English, even though it was mostly on my own with books and Internet. I went to a Tech school became a Medical Assistant and got a job. I also volunteer with the low income families with autism children. I met the nicest man who fears God.

That means he will not cheat or threat in killing me. We love each other. It was worth going through everything I went through to enter this country. I love the USA! My dreams came true here. Thanks for Everything”.

Alegra o seu coração, a sua alma e cultive a alegria! Se ficarmos dando um de vítima, pessimista, se sentindo o mais sofredor do mundo, perguntar porque essas coisas acontece comigo, Deus não me ama ou Deus não existe. Tudo isso é perca de tempo!! Deus está acima de todas as coisas e somos a imagem semelhante a Ele.

“ Quando Deus fecha uma janela, Ele abre uma porta.”

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Fonte: Ismenia Gardner

Fonte: Brazilian Times