Barragem da Vale se rompe na região metropolitana de Belo Horizonte (MG)

Moradores foram retirados às pressas de casas. Foto: redes sociais via G1.

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu nesta sexta-feira, 25, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Imagens aéreas mostram que um mar de lama destruiu casas da região do Córrego do Feijão. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão no local.

De acordo com a Defesa Civil, os moradores que moram na parte mais baixa da cidade estão sendo retirados das casas.

A Polícia Rodoviária Estadual informou que a MG-040, entre as cidades de Brumadinho e Mário Campos, está totalmente interditada por causa do rompimento da barragem.

Em Betim, uma equipe da Defesa Civil está às margens do Rio Paraopeba. A intenção é monitorar o nível da água e verificar se há risco de o rio transbordar.

Uma força-tarefa do governo de Minas Gerais já está no local do rompimento da barragem em Brumadinho, e há dois helicópteros sobrevoando a região. “O governo de Minas Gerais já designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações”, disse por meio de nota (veja íntegra ao final da reportagem). O secretário de Estado do Meio Ambiente, Germano Vieira, também está indo para o local.

A Vale informou que o rompimento ocorreu no início da tarde de hoje, na Mina Feijão. Segundo as primeiras informações, os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. “A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade”, disse em nota.

Hospitais da região se preparam para receber feridos e a Prefeitura de BH emitiu alerta para que população se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba, que possivelmente será atingido.

Por precaução, o Instituto Inhotim está retirando funcionários e visitantes do local. Com informações do G1 e Estado de Minas.

Desastre Mariana

Em novembro de 2015, a Barragem do Fundão, em Mariana (MG) , da Vale e gerenciada pela Samarco, também se rompeu e se transformou no maior desastre socioambiental do Brasil.

Além de derramar 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce, o rompimento matou 19 pessoas e deixou dois desaparecidos no distrito de Bento Rodrigues.

Vinte e duas pessoas e quatro empresas respondem na Justiça pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Samarco – 21 e uma delas por homicídio.

Para o Ministério Público Federal (MPF), faltaram medidas para prevenir a tragédia e as mortes. Apesar das reclamações relatadas nesta reportagem, a Fundação Renova alegou que os imóveis entregues em Barra Longa foram vistoriados e aprovados antes pelas famílias.

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Fonte: Gazeta News