Florianópolis: o novo complexo de lazer Armazém Rita Maria

Armazém Rita Maria, Florianópolis
Mesas espalhadas no galpão 6 e, no mezanino, a galeria Mamute. FBrasiliense/Arquivo pessoal

Floripa ganhou em janeiro, a um pulo da ponte que liga a ilha ao continente, um empreendimento de muito bom gosto em uma região que estava um pouco esquecida. Os seis galpões que compõem hoje o Armazém Rita Maria, quase em frente à rodoviária, reúnem restaurantes, bares, loja de flores, de decoração, sorveteria e galeria de arte. O lugar já nasce como um programa melhor do que qualquer shopping. Explico: quando chove em Floripa, o pobre do turista acaba pegando o rumo de um dos três centros de compras da ilha: o Beira-Mar, o Floripa ou o Vila Romana (ex-Iguatemi). Agora não mais.

Se no conjunto o lugar é mega, o resultado tem escala humana e ficou de muito bom gosto: a ambientação, as lojas, a iluminação, o cuidado. Os armazéns não passaram a ser simplesmente habitados, mas foram minuciosamente restaurados com o intuito de preservar a história que começou ali em 1895 com a abertura de uma empresa de navegação, que foi seguida por uma fábrica de pregos e uma outra de gelo. A cabeça por trás era o empresário alemão Carl Hoepke, um dos pioneiros da indústria catarinense. A proximidade com o mar permitia que navios de baixo calado atracassem pertinho dos seis armazéns, hoje convertidos em complexo gastronômico e de lazer. Os trilhos de vagonetes que ligavam a beira do cais aos galpões foram preservados sob um piso de vidro. Um cofre imenso também continua lá.

Armazém Rita Maria, Florianópolis
Casas com Alma: vontade de levar tudo (repare a cabeceira da cama). FBrasiliense/Arquivo pessoal

Você tem ali o Lulu Marché, um mercadinho gourmet que divide espaço com o Kiki Saudável, restaurante com pegada natureba, e o Café Quintal. No galpão ao lado tem o Olivia Cucina, onde comi um caneloni com carne de costela e molho de tomate caseiro muito bom. Minha mãe pediu nhoque com emmental e foi feliz – uma taça do chileno Brisa acompanhou.

No galpão ao lado, a Casas com Alma vende objetos lindos de decoração, porcelanas, cadeiras Wishbone, luminárias. A loja foi idealizada pela produtora Lica Paludo (que também está por trás de uma casa linda na beira da Lagoa da Conceição que ela aluga para festas e onde também recebe hóspedes) Em frente, o quiosque de Juliana Hames expõe arranjos de flores que são de uma delicadeza sem fim. Ao lado, a jornalista de moda Samira Campos vende roupas com uma pegada étnica, a Ethne.

Armazém Rita Maria, Florianópolis
Ethne: a jornalista de moda Samira Campos garimpa roupas étnicas pelo mundo. FBrasiliense/Arquivo pessoal
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Há também uma filial da Freddo, tradicional sorveteria argentina, o japonês Noir Sushi, o Dom Empório, filial de uma loja do Mercado Central de Belo Horizonte, o Coffee Train (os doces tinham uma cara ótima), o restaurante Tomato Grigliata e o Vacuno, que prepara carnes à moda argentina.

No mezanino do galpão 6, a gaúcha Niura Borges é a responsável pela curadoria da galeria de arte Mamute, que é vizinha do restaurante mais aconchegante do pedaço, o francês Le Pario.

O lugar conta ainda com um pequeno Biergarten e, anexo ao complexo, há um torre comercial com uma grande praça no andar de cima de onde se tem uma vista ótima para a Ponte Hercílio Luz. E tem mais: junto à praça um casarão abriga uma balada, o Franz Cabaret, que é restaurante e também recebe shows de burlesco.

É tudo tão feito na medida e com bom gosto que a gente até releva o fato do estacionamento ser um tanto apertado. Veja aqui uma relação com todos os estabelecimentos e saiba mais aqui sobre o Armazém Rita Maria.

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Fonte: Viagem e Turismo