Coma Menos, Viva Mais

Esse é o título de muitas matérias publicadas em websites que tratam de saúde. Eu mudaria um pouco e diria, COMA MENOS E VIVA MELHOR. Digo isso porque não acredito que o bom seja viver muito, acho que o bom mesmo é viver bem. O tempo é algo relativo. Mas, de qualquer forma, seja para viver mais ou para viver melhor a ideia é que comendo menos isso irá acontecer.

Os trabalhos falam em restrição calórica. Eu acredito que seria muito mais uma reestruturação da dieta. Explicando melhor. Todos nós ao envelhecermos temos nosso metabolismo diminuído, quero dizer, quanto mais velhos ficamos menor será nosso metabolismo. O raciocínio a seguir nos diz que para não acumularmos gordura e assim não desenvolvermos obesidade, devemos diminuir a quantidade de calorias ingeridas ou aumentar o nosso gasto calórico (isso quer dizer fazer exercícios) ou fazermos as duas coisas.

Isso não é feito pela maioria das pessoas, que muitas vezes continuam a comer como faziam há 20 anos ou pior, aumentam as calorias ingeridas. É muito fácil, basta aumentar as vezes que se come em restaurantes ou pedir comidas prontas em casa ou apenas deixar de lado aquela vaidade que todos os jovens tem. Com certeza a porcentagem de gordura irá aumentar. Pode ser aos poucos, mas irá aumentar.

O problema é que com o aumento na porcentagem de gordura corporal, o nível de inflamação também aumenta. Uma modificação muito interessante é que com a diminuição das calorias a imunidade melhora muito. Ter um sistema imunológico forte significa ficar doente menos vezes. Um fato conhecido por poucas pessoas é que mesmo que uma pessoa sare da doença, durante o período que ficamos doentes, judiamos do nosso corpo e ele se torna um pouco mais “desgastado”. Em termos de envelhecimento, isso significa que quanto mais doentes ficamos durante a nossa vida, menor será a possibilidade de resistir à novas doenças e menor será a qualidade de vida.

Uma crítica cabível neste trabalho poderia ser que esses dados foram coletados em ratos e não em humanos. Os ratos têm o metabolismo muito parecido ao metabolismo humano, mas nunca poderemos afirmar que o que acontece nos ratos acontecerá também nos humanos. Outro ponto é que a alimentação humana é muito diversificada segundo a cultura, a disponibilidade de alimentos e a forma de preparo. Dessa forma, um estudo similar em humanos poderá trazer muitas variáveis, tornando a conclusão muito difícil. Nos resta então a observação. É sabido que as populações de países como o Japão e a Chin alcançam idades maiores que os países ocidentais. Essas populações são bem mais magras e têm hábitos alimentares muito diferentes dos nossos. Principalmente quando falamos da alimentação aqui nos Estados Unidos. Mas é claro que não basta comer menos. Junto com uma dieta temos que ter também muitos hábitos saudáveis.

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Fonte: Gazeta News