Disney vence processo contra mãe que pedia prioridade para o filho autista

assédioUma juíza federal deu causa de ganho à Disney World em processo judicial de uma ativista pelas causas autistas. O processo contra a empresa era por acesso imediato ao FastPass nos parques temáticos. Essa é a primeira vitória da empresa em processos do gênero.

O porta voz da Disney, Andrea Finger disse que a decisão da corte foi acertada. “Os parques da Disney não abrem mão em proporcionar um ambiente inclusivo e acessível para todos os frequentadores e estamos muito felizes com a decisão da corte”, informou a nota.

Uso de crianças autistas ou com deficiência 

O processo veio depois que a Disney World mudou sua política dos visitantes portadores de necessidades especiais em 2013. Na época, havia muitas acusações que turistas estavam contratando pessoas com algum tipo de deficiência ou com doença terminal para furar fila. O problema chegou ao ponto de pessoas com registro de deficiência postarem anúncios na internet oferecendo os serviços aos turistas. O Parque criou então um Sistema próprio – o Disability Access Service Card, ou DAS -, semelhantes a um FastPass, que permite que pessoas com algum tipo de deficiência voltem no brinquedo várias vezes e não precisam esperar na fila. 

O processo 

A Presidente da Autism Society of Greater Orlando, Donna Lorman, processou a Disney em 2014 porque queria 10 passes para o Magic Kingdom para seu filho poder ir no brinquedo direto na fila do fast pass. Caso contrário, o seu filho, na época com 22 anos e que sofre de autismo moderado a grave, precisaria fazer reservas e voltar depois. Esse período de espera era difícil porque o seu filho não entende o conceito de tempo. Ela então acusou a Disney de não acomodar a deficiência dele adequadamente.

Mas a Disney argumentou que não é necessário fornecer passes de linha de frente ilimitados para cada passeio, de acordo com a Lei Americans with Disabilities. Caso contrário, o público em geral nas filas de espera esperaria mais.

Para citar apenas um exemplo, a Disney argumentou, se uma pessoa com deficiência tiver direito a furar a fila apenas duas vezes mais do que é permitido hoje no Seven Mine Train, um dos brinquedos mais populares do parque, a fila que normalmente demora 69 minutos iria para 108 minutos. Haveria, portanto, um aumento de 39 minutos na espera.

A decisão da corte favorável a Disney ocorreu em 22 de junho. O veredito afirma que era pouco razoável exigir da Disney dar o acesso solicitado ao filho de Lorman e o sistema da Disney estaria vulnerável a mais abusos. “Exigir a modificação, com o histórico do sistema anterior sobre as fraudes e o aumento significativo na fila para o público em geral seria modificar muito o modelo de negócios da Disney de forma desnecessária”, escreveu a juíza distrital dos EUA Anne Conway. No veredito, também foi determinado que a Disney deveria pagar pelos custos do processo judicial.

A mãe não escondeu a decepção. “Estou muito frustrada. Eu realmente acredito que estou lutando por algo certo e justo”, desabafou Lorman.

O advogado de Tampa, Andy Dogali, disse no início deste ano que entrou com cerca de 60 outros processos civis semelhantes na Flórida e na Califórnia que estão aguardando julgamento.Com informações do Sun Sentinel.

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Fonte: Gazeta News