A realidade do Brasil é uma, a do setor privado é outra, diz Luis Moreno

A insensibilidade de Parente
Se o governo falhou em não detectar a tempo a crise que se avizinhava com a insatisfação dos caminhoneiros, o agora ex-presidente da Petrobras Pedro Parente também errou, avaliam executivos do mercado financeiro, que não quiseram ser identificados.
Embora ressaltem os méritos da gestão de Pedro Parente na Petrobras, alguns deles classificam os reajustes diários dos combustíveis como excessivos, a exemplo do economista Eduardo Giannetti.
Em entrevista à Folha, ele afirmou que não faz sentido transmitir ao consumidor as variações do preço mundial de petróleo e do câmbio no país, quando até o Banco Central intervém no mercado para atenuar a volatilidade.
Mesmo bancando os sucessivos aumentos —o diesel subiu 59% desde julho—, caberia a Parente ter alertado o governo de que a nova política de preços da companhia geraria problemas na categoria, e para todo o país, na opinião de dois gestores experientes.
Ministro-chefe da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso, Parente se notabilizou ao enfrentar a crise do apagão. Não é, portanto, um presidente de empresa sem experiência política.

Acabar com jeitinho
A Dínamo, associação que reúne oito entidades ligadas a startups, redigiu uma proposta de marco regulatório para o setor.

Fonte: Folha de S.Paulo