Igreja cerca presépio com grades em defesa aos imigrantes

Foto16 Presepio em Oklahoma Igreja cerca presépio com grades em defesa aos imigrantesA exibição foi montada no gramado em frente à Igreja Congregacional da Irmandade em Tulsa, Oklahoma, o primeiro domingo (2) de dezembro

O Pastor Chris Moore disse que há um paralelo entre os imigrantes que chegam à fronteira dos EUA com o México em busca de asilo e a história do Natal

Uma igreja em Oklahoma colocou uma cerca em torno de seu presépio para enviar uma mensagem: “A Sagrada Família Era uma Família Migrante”. Chris Moore, pastor da Igreja Congregacional da Irmandade em Tulsa, disse que há um paralelo entre os imigrantes que chegam à fronteira dos EUA com o México em busca de asilo e a história do Natal. Ele mencionou especificamente o Evangelho de São Mateus, que detalha como Maria, José e o menino Jesus fugiram para o Egito para escapar da perseguição de Herodes.

“Embora não seja uma comparação direta, os detalhes do Evangelho de Mateus podem ser usados para considerar as pessoas que fogem para o nosso país em busca de abrigo contra a opressão e a violência”, disse Moore à rede de notícias CNN.

A exibição foi montada no gramado em frente à igreja no primeiro domingo (2) de dezembro. Há mais de 20 anos o presépio mostra Maria segurando o bebê Jesus, com José ao seu lado, bem como animais dóceis. Uma cerca de arame foi montada em torno da cena tradicional de Natal.

Moore disse que a cerca gerou alguma confusão, com algumas pessoas achando que a igreja estava tentando proteger a exibição do roubo. Como resultado, a igreja postou a mensagem: “A Sagrada Família Era uma Família Migrante” no quadro de avisos da instituição.

A igreja compartilhou fotos da natividade e da postagem no Facebook, atraindo elogios e desaprovação. Outras casas de culto adotaram uma postura semelhante para protestar contra algumas das políticas do governo Trump sobre a imigração. Em julho, a Christ Church Cathedral, em Indianápolis, colocou as estátuas de Maria, José e Menino Jesus em uma jaula, uma vez que a política de “tolerância zero” da Casa Branca resultou na detenção e separação de famílias flagradas ilegalmente na fronteira.

O pastor Moore disse que, embora não haja uma opinião sobre imigração na Irmandade, “no mínimo, acredito que todos na minha congregação, e outros, acreditam que podemos fazer melhor do que somos agora”.

Moore acrescentou que ele se opõe ao partidarismo no púlpito, mas acredita que o papel da igreja é a “voz moral em nossa sociedade” no que diz respeito ao assunto. “Somos uma nação de imigrantes, com certeza, e também a fé cristã e nossas raízes no Judaísmo nos lembram da obrigação moral de receber o estranho e proteger os vulneráveis”, concluiu Moore.

Fonte: Brazilian Voice