Pernas falsas são postas em memorial de brasileiro morto por tubarão

Foto26 Arthur Medici Pernas falsas são postas em memorial de brasileiro morto por tubarão
Arhur Médici, de 26 anos, era estudante de Engenharia na Bunker Hill Community College e morava em Revere (MA)
Foto26 Perna falsa Pernas falsas são postas em memorial de brasileiro morto por tubarão
A perna estava amarrada a uma caixa para gelo (cooler) quebrada, aparentemente enchida com cimento para dois pedaços de metal postos em forma de “v”

Os objetos foram encontrados próximos à pedra memorial em homenagem a Arthur Médici, de 26 anos, em Newcomb Hollow Beach (MA)

Três pernas falsas, uma delas pintada de vermelho, como sangue, foram postas misteriosamente na pedra memorial do estudante de engenharia Arthur Médici, de 26 anos, que foi atacado fatalmente por um tubarão branco, em setembro de 2018. A polícia local está investigando o caso e à procura de quem pôs os objetos no local e qual o motivo.

O brasileiro, morador em Revere (MA), foi mordido por um tubarão branco quando estava sobre uma prancha em Newcomb Hollow Beach, na cidade de Wellfleet (MA), e não resistiu à gravidade dos ferimentos, vindo a falecer num hospital local.

O chefe de polícia Ronald Fisette disse ao jornal The Cape Code Times que as pernas falsas, as quais ele considerou de mau gosto, foram recolhidas do local, mas as autoridades ainda estão investigando. “Até o momento, nós não temos um acusado”, relatou Fisette. “Até esse momento, eu não tenho informações suficientes”.

A cidade é propriedade da prefeitura e, atualmente, não existe nenhuma política municipal no que diz respeito à remoção de objetos privados em áreas municipais, explicou o administrador Daniel Hoort.

“Eu não tenho conhecimento de nenhuma diretriz a não ser o bom-senso”, disse ele.

A primeira perna misteriosa apareceu no local em março e foi jogada fora pela equipe municipal de limpeza. Então, uma segunda perna foi encontrada em junho numa cerca próxima à pedra memorial. O objeto, talhado na madeira, tinha a coxa e joelho cobertos por uma calça jeans rasgada e uma fita cor de limão amarrada no tornozelo e um bilhete RIP (Descanse em paz).

“Era muito sofisticado”, comentou Jay Norton, diretor municipal assistente.

O objeto foi entregue à polícia, que continua a mantê-lo. Então, semana passada, uma terceira perna ainda mais elaborada, foi encontrada próxima à pedra, informou Fisette. Ela também estava dentro de uma calça jeans, mas apresentava um corte profundo e sangrento ao longo da coxa, com uma substância pingando até o tornozelo dando a impressão de sangue.

Esta perna estava amarrada a uma caixa para gelo (cooler) quebrada, aparentemente enchida com cimento para dois pedaços de metal postos em forma de “v”. A última perna, também, foi entregue à polícia. Apesar do mau gosto, as autoridades locais não os consideram vandalismo.

“Não se trata de destruição”, disse Fisette.

. Morte prematura chocou amigos e parentes:

Arthur planejava pedir a mão da namorada em casamento, antes de ser morto num ataque por um tubarão, em 15 de setembro de 2018. Ele era estudante de Engenharia na Bunker Hill Community College e vivia com um casal de tios em Revere (MA) há cerca de 4 anos. Os pais deles moram no Brasil. Pouco antes de morrer, ele havia encomendado alianças no Brasil para a namorada, Emily Rocha, relatou o irmão dela e amigo da vítima, Isaac Rocha. Arthur planejava fazer o pedido de noivado na praia, detalhou.

“Eu era muito querido por todos. Todos aqueles que tiveram contato com ele o amavam e eram amados por ele”, disse Isaac, acrescentando que Arthur “sempre lutou pelas coisas e pessoas que amava”.

O brasileiro morreu depois de ser atacado por um tubarão branco quando estava sobre uma prancha na região de Cape Cod. Rocha relatou ao canal de TV WCVB que estava a poucos metros de distância do amigo quando escutou os gritos de Médici e nadou em direção a ele para socorrê-lo.

“Eu o vi afundar e quando ele voltou à tona havia muito sangue e gritava”, relatou Isaac ao canal. “Eu o tirei da água por aproximadamente 35 jardas (32 metros). Eu o levei para a areia, estava exausto, então, não pude mais carrega-lo. Após isso, eu peguei a tira da prancha, a tira da prancha dele e tentei amarrá-la de volta da perna dele para parar o sangramento”.

Testemunhas relatam que Arthur sofreu ferimentos graves em ambas as pernas.

Fonte: Brazilian Voice