O presidente Donald Trump lançou um novo plano para acabar com a paralisação do governo. O presidente ofereceu no sábado proteção temporária da deportação para alguns indocumentados em troca do financiamento de $5,7 bilhões para o muro na fronteira.
Mas os democratas rapidamente rejeitaram a proposta. Eles pediram a Trump que reabra o governo antes que as negociações sobre a imigração possam começar.
O presidente fez um breve discurso da Casa Branca em uma tentativa de mudar a dinâmica política da mais longa paralisação do governo na história. Pesquisas mostraram que ele estava recebendo a maior parte da culpa. Ele havia dito anteriormente que ficaria “orgulhoso” de fechar o governo na luta contra o muro.
Ele ofereceu uma prorrogação de três anos da deportação para migrantes indocumentados trazidos para os EUA como crianças, que participam do Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) e para pessoas de certas nações que se qualificam para o Temporary Protected Status.
Além disso, o plano de Trump inclui US$800 milhões para assistência humanitária, US$ 805 milhões para detecção de drogas, contratação de novos 2.750 agentes de fronteira, 75 novos juízes de imigração, e a construção de “uma barreira com 230 milhas, ao custo de US$ 5,7 bilhões”.
Segundo Trump, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, se comprometeu a apresentar a proposta aos senadores com urgência.
Os democratas, no entanto, recusaram a oferta de Trump porque ela não representa uma solução permanente e a classificaram de “inaceitável”.
Com a oferta, o presidente esperava encerrar a paralisação parcial do governo, que já chega ao seu 30 dia. O “shutdown” afeta diretamente 800 mil funcionários federais, que não receberam seus salários este mês.
Em pronunciamento, Trump voltou a falar sobre o que chamou de um “sistema quebrado de imigração”. Ele enumerou problemas como tráfico de drogas e ataques violentos a mulheres e crianças na região da fronteira.
“Nosso sistema de imigração deveria ser objeto de orgulho e não motivo de vergonha, como é agora, vergonha perante o mundo todo”, afirmou.
Ele então afirmou que sua proposta seria uma solução bipartidária à questão imigratória e que esperava um “apoio entusiasmado” dos democratas.
Rejeição dos democratas
Porém, antes mesmo do pronunciamento, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, divulgou um comunicado dizendo que, “infelizmente, os relatos iniciais deixam claro que sua proposta é uma compilação de várias iniciativas anteriormente rejeitadas, cada uma das quais é inaceitável e, no total, não representa um esforço de boa-fé para restaurar a certeza na vida das pessoas. É improvável que qualquer uma dessas disposições passe sozinha pela Câmara e, em conjunto, elas são inaceitáveis”.
Os democratas se recusam a incluir o valor pedido por Trump no orçamento, porque consideram que o muro é “caro demais, ineficaz e imoral”. Eles oferecem pouco mais de US$ 1 bilhão para ser investido em segurança na fronteira, mas sem a construção de um muro.
Em uma reunião sobre o assunto com Pelosi e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, o presidente se irritou ao ser contrariado e simplesmente abandonou o acordo afirmando que a discussão era “perda de tempo”.
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Fonte: Gazeta News