Comitê da Câmara da Flórida aprova programa para professores armados

O comitê da Câmara da Flórida votou na quinta-feira, 21, uma ampla lei de segurança escolar que expandiria um programa que permite que professores de sala de aula se voluntariem para transportar armas no campus.

No caso, os conselhos escolares locais precisam aprovar e há também restrições e requisitos a serem cumpridos para que o professor possa portar a arma.

A legislação liderada pelos republicanos foi aprovada por 11 a 5 pelo Comitê de Educação da Câmara e baseia-se em uma lei aprovada após o tiroteio em massa do ano passado que matou 17 pessoas na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland.

Os professores não seriam obrigados a portar armas de fogo, mas aqueles que fossem voluntários teriam que passar por 144 horas de treinamento em armas de fogo, possuir uma permissão de arma oculta válida e passar por uma avaliação psicológica e um teste de drogas.

Atualmente, os professores, cujo único foco é a instrução em sala de aula, são excluídos do programa que, a partir de janeiro, contava com cerca de 726 guardiões voluntários armados em 25 condados da Flórida, de acordo com uma análise da equipe do comitê.

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A principal patrocinadora, a deputada republicana Jennifer Sullivan, de Eustis, disse que a intenção não é forçar nenhum professor a portar uma arma, mas permitir que aqueles que se voluntariam estejam qualificados para melhorar a segurança nas escolas públicas.

“Quanto mais pessoas estiverem lá para defender os estudantes, para defender outros professores, melhor”, disse Sullivan, que preside o Comitê de Educação. “Se um professor não quiser passar pelo programa, não quero que ele passe pelo programa.”

Porém, não está de acordo com a medida os principais sindicatos de professores e outros grupos que dizem que os educadores não devem assumir o papel de pessoal treinado para a aplicação da lei. “Os professores querem ensinar as crianças. Se eles quisessem ser policiais, teriam ido à academia de polícia e se tornado policial”, disse a deputada democrata Susan Valdes, de Tampa.

Segurança escolar

Com argumentos contrários, foram levantados cenários arriscados, como professores perdendo uma arma ou tendo uma roubado no campus, a possibilidade de uma criança ou professor ser baleado acidentalmente e uma potencial escalada mortal de confrontos com estudantes ou brigas.

Por outro lado, o deputado Amber Mariano, republicano de Port Richey, lembrou que, “Se esta lei estivesse em vigor antes de Parkland, quantas vidas a menos teriam sido perdidas? “, disse.

Além de armar professores

Além de armar professores, a legislação também contém uma série de outras medidas de segurança escolar, como maior divulgação de registros de saúde mental e triagem mental de alunos com problemas, maior relato de incidentes de segurança escolar e disciplina escolar e uma exigência de que as autoridades sejam consultadas sobre quaisquer ameaças.

O Senado tem um projeto semelhante passando por comitês. A próxima votação está marcada para a terça-feira. As diferenças entre as duas medidas teriam que ser resolvidas antes que uma lei final pudesse ser enviada ao governador republicano Ron DeSantis. Com informações do Sun Sentinel.

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Fonte: Gazeta News