Mineira alega ter sido vítima de brasileiro procurado por estupro em MA

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Após não ter comparecido à audiência em Massachusetts, as autoridades nos EUA suspeitam que Cristiano esteja foragido em Portugal
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Documentos falsificados portados por Cristiano Fernandes de Lira (Foto: BT)

A suposta vítima, que pediu para não ser identificada, disse que o nome verdadeiro dele é “Cristiano Fernandes de Lira”

O paradeiro de Cristiano Lima, acusado de ter levado de carro uma mulher embriagada à uma garagem em Abington (MA) e a estuprado, na véspera do Natal em 2018, é desconhecido depois que o réu não compareceu à audiência no tribunal. O brasileiro estava agendado para comparecer, na quarta-feira (10), na Corte Superior de Brockton (MA). Ele foi acusado em maio de sequestro e estupro com agravantes.

Um funcionário no tribunal informou ao juiz que Lima pode ter fugido dos EUA para o Brasil.

Após a publicação, outra mulher entrou em contato com a redação do jornal Brazilian Times e afirmou que também foi vítima de estupro por parte do mesmo brasileiro. Na edição anterior, a matéria se referia a ele como “Cristiano Lima” e que este não era o nome verdadeiro dele. Esta informação foi confirmada por esta segunda suposta vítima.

Ela, que pediu para não ser identificada, disse que o nome verdadeiro dele é Cristiano Fernandes de Lira. “Em 2017 ele trabalhou para a empresa que pertence a mim e a meu marido”, disse.

Sobre o suposto abuso sexual, ela disse que no dia 20 de Maio de 201, estava no escritório de sua empresa, na garagem de sua casa, quando ele apareceu e com bebidas e a convidou para beber. Como ainda estava em horário de expediente e Cristiano trabalhava para a família, ela disse que não iria beber, mas aceitou após o encerramento.

Mas, de acordo com a vítima, havia algo na bebida que assim que ela ingeriu lhe fez sentir mal e a deixou atordoada. “Eu fiquei dopada, ele pegou meu telefone e mandou mensagem para meu marido dizendo que eu faria um part-time e desligou o aparelho”, afirma ela. “Depois, ele tirou minhas roupas, filmou e abusou de mim. Ele usou o vídeo para fazer ameaças e disse que se eu contasse para meu marido, ele acabaria comigo e com a reputação da minha empresa”, continua.

A mulher acrescentou que teve que fazer vários tratamentos psicológicos e que sempre teve o apoio do marido. “Eu passei um ano de tortura psicológica, mas não escondi nada dele, contei tudo o que aconteceu.”, disse. “Cristiano dizia que iria matar meu filho e minha avó que estavam no Brasil”, continua.

De acordo com a suposta vítima, que apresentou os registros policiais da época para a redação, o suspeito dizia que iria expor as fotos e vídeos íntimos dela nas redes sociais e que não tinha nada a perder “a não ser os US$ 10 mil que gastou para fazer a travessia pelo México com a filha, menor de idade”.

Ela afirma que foi à polícia, mas o suspeito desapareceu. “As pistas levaram à Pensilvânia e depois a Fall River. Mesmo assim ele não foi encontrado. Fiquei sabendo da notícia de que ele estava na região depois de ler a notícia sobre o estupro em Abington”, disse.

Indagada sobre o motivo de ter tornado a história pública somente agora, a mulher afirma que sentia muito medo e que após ler a notícia divulgada pelo Brazilian Times sobre a outra vítima, ela sentiu coragem. “Além disso, meu filho e minha mãe moravam no Brasil. Agora, eles estão aqui comigo, em segurança”, disse.

Ela afirma, ainda, que Cristiano ameaçava denunciar o marido dela para a polícia sobre abuso sexual de uma criança. “Ele me dizia que a filha dele falaria tudo que ele quisesse”, afirma. “Foi uma pressão psicológica muito grande, pois eu tinha que conviver com a história de ser estuprada e ao mesmo tempo não poder contar nada por estar com medo do que ele seria capaz de fazer”, segue.

A suposta vítima afirma que gravou tudo e tem as provas. “Depois que procurei a polícia, parecia que eu estava sendo perseguida por ele. Encontrei os pneus do meu carro furados, tive que vender meu schedule de limpeza a noite, meu carro apareceu todo riscado”, disse.

. Nome falso:

Em relação ao nome falso, ela confirma e disse que os documentos foram feitos por uma pessoa em Fall River. A mulher disse, ainda, que depois ele próprio começou a vender documentos falsos para outras pessoas.

. Defesa:

Após a publicação da matéria, a redação foi contatada por uma pessoa identificada por Cláudia Lira, que se apresentou como irmã de Cristiano. No início da conversa, via e-mail, ela usou de ameaças e disse que o jornal recebeu dinheiro para publicar a matéria e “que era jornalista e que o jornal também prejudicado”.

Ela também afirmou que o jornalista do BT seria preso e que havia descoberto tudo. Até então, ela pensava estar falando sobre o caso citado nesta matéria. Mas quando ela foi comunicada de que o jornal repercutiu uma notícia que estava na mídia americana e que a polícia estava atrás dele por outra acusação de estupro, ela disse que não sabia deste caso.

Como em todas as matérias envolvendo Cristina o BT deixou claro que não o estava acusando e que cabe a justiça determinar, abriu espaço para que ela contasse o seu lado da história. Cláudia confirmou que o irmão está em outro país, mas afirmou que ele não fugiu. “Ele veio embora porque quis tentar a vida em outro país, só isso. Não foi corrido da justiça, até onde sei, se justiça quisesse já o tinha pego”, afirmou. “Eu não ameacei o jornal., apenas quis expressar minha opinião”, continuou.

Em relação à denúncia feita nesta matéria, ela afirmou que a verdade é que “o marido da suposta vítima flagrou os dois na cama e que o irmão fez exames e não deu em nada”.

Sobre o fato de o irmão ter fugido do país e não ter comparecido à audiência de quarta-feira, Cláudia disse que desconhecia esta segunda acusação, mas garante que Cristiano foi embora porque estava sendo ameaçado.

Ela não revelou para qual país o irmão foi, mas as autoridades norte-americanas estão recebendo informações de que ele estaria em Portugal.

Fonte: Brazilian Voice