Solicitantes de vistos entram na Justiça por demora em reabrir consulados

DA REDAÇÃO – Desde março de 2020, os consulados dos Estados Unidos espalhados pelo mundo estão fechados devido à pandemia do coronavírus. A maioria dos consulados só estava atendendo solicitações emergenciais de vistos – casos considerados de vida ou morte – e começaram recentemente a fazer entrevistas pontuais em alguns tipos de processos.

Segundo informações divulgadas pela CNN, cerca de 2.6 milhões de aplicações de vistos estão acumuladas nos consulados americanos espalhados pelo mundo. Mais de meio milhão de processos estão prontos para a realização de entrevistas, mas elas estão acontecendo muito lentamente.

Por causa desse acúmulo, processos na Justiça contra o governo devido ao atraso no processamento desses vistos estão se multiplicando. O mais recente partiu de 90 mil cônjuges de cidadãos americanos, que aguardam entrevistas ou pelo menos autorizações de trabalho.

Investidores que deram entrada no visto EB-5, que requer um investimento alto, também entraram na Justiça contra o governo. Estudantes estão processando a imigração porque não conseguem a aprovação do visto para começar a estudar.

De acordo com o Departamento de Estado, por razões de segurança, “não é possível processar vistos e passaportes na casa dos funcionários das embaixadas”. “Qualquer documento relativo a vistos e passaportes têm que ser processados nos escritórios da embaixada. Além disso, as entrevistas têm que ser feitas pessoalmente”, explica à CNN, Michele Thoren, ex-funcionária do Departamento de Estado.

Para se ter uma ideia do volume de processos, em janeiro de 2020 (antes da pandemia), foram agendadas 22.856 entrevistas de green cards para familiares de cidadãos americanos. Em janeiro de 2021, 262 entrevistas do tipo foram realizadas em todo o mundo.

Na opinião da advogada Renata Castro, fundadora do Castro Legal Group, no caso do Brasil, os consulados não devem abrir tão cedo. “A pandemia no Brasil está fora de controle, não vejo razões para os consulados serem reabertos ao público. No nosso escritório, temos visto algumas entrevistas serem agendadas, mas tudo em ritmo muito lento”, afirma.

Por outro lado, a advogada de imigração acredita que, assim que os consulados reabrirem, haverá uma maior pré-disposição à aprovação de vistos de estudantes, por exemplo. “Os Estados Unidos perderam bilhões de dólares no último ano por não admitirem estudantes internacionais. Eu acredito que os vistos de estudantes serão aprovados com mais facilidade, quando tudo se normalizar”.

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