Sul da Flórida lidera nação em escassez de alimentos durante pandemia

Imagem: ONG Feeding South Florida\Facebook.

De acordo com o U.S. Census Bureau, mais de um em cada sete lares no Sul da Flórida afirmaram que as vezes não tem o suficiente para comer. Esse é o índice mais alto do país. Depois de dar alguns sinais de queda na pobreza, os números voltaram a crescer na região, indica o censo.

O Census Bureau lançou uma pesquisa em tempo real, no país todo, para saber a renda e segurança alimentar pouco tempo depois do início da pandemia de coronavírus. 

Os dados são divididos por níveis nacional, estadual e metropolitano. Para a região metropolitana do sul da Flórida, que abrange Miami-Dade, Broward e Palm Beach, 14,4% dos domicílios relataram ter escassez de alimentos na semana encerrada em 23 de junho – um aumento de 12,5% em relação à semana anterior e o maior percentual para a área desde a semana terminou em 2 de junho. Houston ficou em segundo lugar com 14,2% e Nova York com 13,4%.

A pesquisa também encontrou altas no sul da Flórida para outras categorias medidas. Cerca de 44% das famílias agora dizem esperar reduções na renda do emprego – também o nível mais alto observado desde a semana que terminou em 2 de junho. Foi o terceiro mais alto entre todos as regiões metropolitanas, atrás apenas de Los Angeles e Houston.

A Flórida, como um todo, encontra-se nos escalões superiores das categorias de insegurança doméstica. Ela está ligada à sétima maior insegurança alimentar do país, com 11,6% das famílias relatando escassez. Isso é uma ligeira melhora em relação aos 12,6% registrados na semana anterior.

A perda esperada do estado em renda com o emprego também voltou a subir, para 35,8%, após duas semanas de declínio. O Sunshine State é o oitavo pior do país nessa categoria.

Demanda por cestas básicas

A demanda nos bancos de alimentos de todo o país disparou nas últimas semanas – aumentando em até 600% em alguns casos – ressaltando o quão amplos foram os efeitos da crise econômica: desde o início de maio, mais de 30 milhões de pessoas haviam pedido desemprego em apenas seis semanas.

Em Sunrise, os carros se estendiam por quase três quilômetros, enquanto as pessoas esperavam no banco de alimentos do Feeding South Florida. Assim em outros pontos onde há distribuição de alimentos para famílias. Veja aqui a lista no sul da Flórida. 

Em San Antonio, Texas, 10.000 pessoas esperaram horas para receber caixas de refeições de um banco regional de alimentos em abril. Em Pittsburgh, Pensilvânia, centenas de famílias estão aparecendo para pegar comida semanalmente no PPG Paints Arena.

Isso significa aumentar a insegurança alimentar em uma nação onde milhões de pessoas já estavam lutando para obter comida suficiente a cada mês.

De acordo com um relatório do Washington Post de 2014, aproximadamente 46 milhões de pessoas – ou uma em cada sete residentes nos EUA – dependiam de bancos de alimentos ou programas de serviço de refeições anualmente antes da pandemia de coronavírus. E em 2019, cerca de 38 milhões de pessoas usaram o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) do Departamento de Agricultura dos EUA, de acordo com o Center on Budget and Policy Priorities. Esses números agora estão vendo um grande aumento.

“A necessidade em nosso estado passou de 800.000 Washingtonians antes de Covid para 1,6 milhão de pessoas”, diz Christina Wong, diretora de políticas públicas do Northwest Harvest, um banco de alimentos que serve o estado de Washington. Estados como Texas, Nova York e Louisiana viram pedidos de SNAP duplos ou mais, informa o Yahoo News.

Brasileiros se unem para ajudar

Brasileiros na Flórida têm se unido com um mesmo objetivo – ajudar pessoas em necessidade nesse período de pandemia.  De alimentos a material de limpeza e higiene, roupas e até apoio psicológico – as doações para famílias e pessoas necessitadas pela pandemia causada pelo novo coronavírus envolveram rapidamente a comunidade brasileira na Flórida, que tem se unido com o mesmo objetivo: ajudar. Leia mais sobre iniciativas de brasileiros aqui. 

Covid-19 na Flórida

Lembrando que agora a Flórida tem mais de 220 mil casos de coronavírus. Medidas como uso obrigatório de máscaras em público e maior demora em reabrir a economia não tem surtido muito efeito.

Enquanto Broward e Dade-County há dias colecionam recordes de pessoas infectadas, condados menores como Monroe e Flórida Keys também começam a mostrar números alarmantes. Por último, mas igualmente preocupante, as UTIs nos hospitais de Tampa Bay área e Southwest Flórida começam a ficar perto da capacidade máxima. Com informações da WLRN e e Miami Herald.

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Fonte: Gazeta News