Trump quer exigir testes de vírus de viajantes internacionais, incluindo brasileiros

Ron DeSantis e Donald Trump Trump quer exigir testes de vírus de viajantes internacionais, incluindo brasileiros
Quando Trump (dir.) sugeriu que DeSantis (esq.) poderia estar “isentando o Brasil”, que está passando por um grande surto, o Governador respondeu: “Não necessariamente”

As autoridades de saúde da Flórida citaram muitos casos no estado de pessoas que chegaram de áreas quentes, incluindo Europa, América Latina e Nova York

Na terça-feira (28), o Presidente Donald Trump disse que seu governo está considerando exigir que os viajantes em determinados vôos internacionais sejam submetidos a verificações de temperatura e vírus para ajudar a impedir a propagação do coronavírus.

“Estamos avaliando para fazer isso nos vôos internacionais que saem de áreas fortemente infectadas”, disse Trump na Casa Branca. “Vamos investigar isso em um futuro muito próximo”.
Trump disse que ainda não foi determinado se o Governo Federal ou as companhias aéreas farão os testes. “Talvez seja uma combinação de ambos”, disse ele.

Os comentários de Trump foram feitos durante um evento no qual foi apresentado um programa de empréstimo projetado para ajudar pequenas empresas a enfrentar a pandemia de coronavírus, o Programa de Proteção de Pagamento. Ele disse que a Administração de Pequenas Empresas processou mais empréstimos em 14 dias do que nos 14 anos anteriores.
Antes, o Presidente defendeu o combate contra a pandemia por seu governo ao se encontrar com o governador da Flórida, Ron DeSantis, e prometeu ajudar os estados a começar a reabrir suas economias com segurança. Trump, sentado ao lado de DeSantis no Salão Oval, insistiu que os EUA estavam fazendo testes suficientes para proteger as pessoas que voltaram a entrar no mercado de trabalho. O Governo foi duramente criticado por não supervisionar os testes, mas Trump alegou que nenhuma quantia de testes seria boa o suficiente para os “críticos” da mídia.

O Presidente rejeitou as indagações de que o governo atual demorou a responder à ameaça do COVID-19, incluindo relatos mencionados em sua reunião diária em janeiro e fevereiro. Ele enfatizou sua decisão de restringir voos da China; embora mais de 40 mil viajantes da China entraram nos EUA posteriormente e disse sobre a decisão: “Se foi sorte, talento ou outra coisa, salvamos milhares de vidas”.

A Flórida, com uma alta população de idosos vulneráveis à doença, tem sido motivo de preocupação e DeSantis tem sido lento ao impor diretrizes de distanciamento social em comparação com outros governadores. Entretanto, DeSantis, aliado próximo de Trump, enfatizou a capacidade de seu estado de testar seus moradores.

O Governador também citou a idéia de testar passageiros de companhias aéreas em voos internacionais em áreas onde o vírus está se espalhando. Quando Trump sugeriu que DeSantis poderia estar “isentando o Brasil”, que está passando por um grande surto, o Governador respondeu: “Não necessariamente”.

Gary Kelly, presidente e CEO da Southwest, foi questionado sobre o monitoramento nos aeroportos durante uma teleconferência com analistas e repórteres e disse: “Estamos conversando com a administração e os membros do Congresso sobre quais devem ser os protocolos”.

Ele acrescentou que um grupo comercial da indústria estava “liderando o esforço a favor de algum tipo de triagem na Alfândega… algum tipo de triagem faz sentido e eu acho que para motivar as pessoas a voarem novamente, elas precisam estar confortáveis e eu acho que seja uma maneira de fornecer conforto adicional”.

As autoridades de saúde da Flórida citaram muitos casos no estado de pessoas que chegaram de áreas quentes, incluindo Europa, América Latina e Nova York. DeSantis ainda não determinou uma data para o início para a reabertura econômica, mas disse que ela seria “metódica, lenta e orientada em dados”. Ele também analisa informações de uma força-tarefa que representa grupos do setor e profissionais médicos.

Perguntado por que ele fechou seu estado mais tarde do que outros, DeSantis contrastou a abordagem “sob medida” e “medida” da Flórida com as medidas “draconianas” em outros estados.

“Todo mundo na mídia estava dizendo que a Flórida seria como Nova York ou Itália e isso não aconteceu”, disse DeSantis.

Fonte: Brazilian Voice