Vítima de violência domestica entrega armas do marido e termina presa

Vítima de violência domestica entrega armas do marido e termina presaCourtney Irby foi presa, acusada de roubo das armas que entregou para a polícia.

A tentativa de uma mulher para se proteger de violência doméstica se tornou um ponto crítico no debate sobre os direitos das armas e a segurança das vítimas.

Courtney Irby entregou as armas de seu marido para a polícia depois que ele foi acusado de agressão por violência doméstica. Mas ela acabou sendo presa, acusada de roubo.

Agora, um legislador da Flórida e grupos de defesa de segurança de armas estão defendendo sua causa. Eles pediram que o promotor público desista das acusações. Ao mesmo tempo, defensores dos direitos de posse de armas querem que ela seja processada.

Courtney Irby passou seis dias na cadeia sob a acusação de roubo armado e grand theft depois que ela pegou o rifle de assalto e arma do apartamento de seu marido e os deu para a polícia de Lakeland. Joseph Irby estava passando um dia na cadeia na época, acusado de jogar seu carro contra o dela após uma audiência de divórcio em 14 de junho.

Após a prisão de seu marido, Courtney Irby solicitou uma liminar para proteção, que foi concedida. A lei federal proíbe que pessoas sob uma ordem de restrição de violência doméstica possuam armas, mas cabe às autoridades locais aplicá-las, de acordo com o Giffords Law Center to Prevent Gun Violence.

Courtney Irby disse à polícia que ela acreditava que ele não entregaria suas armas, então ela entrou em ação. De acordo com seu relatório de prisão, ela disse que entrou no apartamento de seu marido através de uma porta trancada sem a permissão dele e levou as armas para uma delegacia de polícia.

“Então você está me dizendo que cometeu um roubo armado?”, perguntou o policial.

“Sim eu estou; mas ele não iria entregá-los, então eu estou fazendo isso “, ela respondeu.

A deputada estadual democrata Anna Eskamani, de Orlando, twittou que é “ridículo” prender uma mulher nesse tipo de situação. Ela enviou uma carta na segunda-feira (24) ao procurador estadual Brian Haas pedindo que Irby não fosse processada. Ela citou pesquisas que mostram que a presença de uma arma em uma situação de violência doméstica torna cinco vezes mais provável que uma mulher seja assassinada.

“Irby estava procurando ajuda do Departamento de Polícia de Lakeland e tomando medidas para proteger a si mesma e a seus filhos”, escreveu Eskamani. “Processa-la estabelece um precedente assustador que, se alguém procurar ajuda para escapar do abuso, será punido por isso”.

Embora a lei federal proíba que pessoas sob ordens de restrição de violência doméstica ou condenados por violência doméstica possuam armas, a polícia local e os promotores não têm as ferramentas necessárias para impor essas restrições, Eskamani disse em sua carta ao procurador do estado.

“Essas lacunas são grandes contribuintes para a relação mortal entre a violência doméstica e armas de fogo”, disse Eskamani.

As acusações de Joseph Irby envolvem uma briga que começou depois da audiência de divórcio. De acordo com seu relatório de prisão, ambos entraram em seus carros e, em seguida, ele usou seu veículo para bater em seu pára-choque várias vezes, empurrando-a para fora da rua.

Courtney Irby disse a um policial que “ela temia por sua vida”, disse seu relatório de prisão.

Ao pedir que ela fosse liberada sob fiança, o advogado de Courtney Irby argumentou que ela não cometeu roubo, já que ela não pegou as armas para seu uso pessoal e não se beneficiou ao pegá-las.

O caso está dividindo a opinião pública nas redes sociais. Defensores dos direitos de arma pedem, pelo Twitter, que ela seja processada. Já seus defensores lançaram uma campanha para arrecadar doações para cobrir suas despesas legais. Com informações da Associated Press.

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Fonte: Gazeta News