Mais de trinta brasileiros repatriados da cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do coronavírus , aterrissaram no domingo, 9, numa base aérea de Goiás, onde vão passar os próximos 18 dias em quarentena.
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A operação, batizada Regresso à Pátria Amada Brasil, trouxe desde Wuhan 34 brasileiros para a base aérea de Anápolis, a 55 km de Goiânia, onde vão ficar abrigados durante o período. Nenhum apresenta sintomas da doença, segundo o governo.
Ao todo, o grupo que desembarcou tem 58 pessoas: 34 repatriados e 24 tripulantes. Todos seguirão em quarentena.
Estudantes e famílias brasileiras saíram das aeronaves, com máscaras protetoras a cobrir boca e nariz. Alguns acenavam com pequenas bandeiras brasileiras para as câmaras.
Os repatriados foram depois transferidos para ônibus que os transportaram para hotéis, equipados com Internet, telefones e áreas de lazer.
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Os onze tripulantes e sete profissionais de saúde que realizaram a viagem de ida e volta a Wuhan também estarão sujeitos a um período de quarentena.
Vários países já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena, em 22 de janeiro, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido.
Desde o início do surto, no início do ano, a China registrou 812 mortes por coronavírus e 37.251 casos confirmados. No Brasil, são oito casos suspeitos do novo coronavírus e nenhuma confirmação, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados são do balanço divulgado no sábado (8). Segundo o governo federal, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.
Cuidados
Os passageiros desceram dos aviões usando máscaras cirúrgicas e foram direto para um ônibus. Durante a quarentena, eles serão obrigados a colocar o equipamento quando estiverem fora dos quartos.
“Não há nenhum sintoma de nenhum tipo de dificuldade. Eles seguem agora para os seus apartamentos, onde a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás irá fazer os exames. Depois, eles vão entrar na rotina diária de quarentena, quando três vezes ao dia farão uma consulta com os médicos”, disse o general Manoel Pafiadache, secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa.
O Ministério da Saúde ainda vai avaliar o quadro de cada integrante da equipe de apoio para saber se o grupo de suporte vai precisar ficar isolado. Um grupo com 50 militares fez a desinfecção dos equipamentos e veículos usados no transporte dos passageiros após o pouso.
Ao todo, foram 95 horas de voo desde que as equipes partiram de Brasília para buscar os brasileiros, na quarta-feira, 5. No caminho de volta, iniciado sexta-feira (7), os aviões saíram de Wuhan e pararam em Urumqi (China), Varsóvia (Polônia) e Las Palmas (Espanha). Já no Brasil, fizeram em Fortaleza uma última escala antes de pousar em Anápolis.
Entrou em vigor nesta segunda-feira, 10, uma medida provisória (MP) que destina crédito extraordinário de R$ 11.287.803,00 ao Ministério da Defesa assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. O dinheiro foi redirecionado de uma “reserva de contingência” que consta no orçamento.
Segundo o texto, o repasse é para custear ações de enfrentamento de “emergência de saúde pública de importância internacional” provocada pelo coronavírus.
O governo também enviou na semana passada um projeto de lei, aprovado por Câmara e Senado e sancionado por Bolsonaro, com regras sobre quarentena e medidas contra o coronavírus.
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Fonte: Gazeta News