Um garoto de 6 anos que viajava desacompanhado de Belo Horizonte (MG) para Orlando (FL) teria sofrido abuso sexual cometido por um funcionário da companhia aérea LATAM, afirma o pai do menino que entrou com um processo na Flórida contra a companhia.
O caso aconteceu em maio de 2018, mas só agora veio à tona porque o pai (americano que não teve o nome revelado) entrou com uma ação federal contra a companhia aérea na segunda-feira, 17, em um tribunal federal em Orlando, acusando a LATAM de treinar negligentemente seus funcionários e de não proteger o menor.
“A LATAM e a indústria de aviação em geral tinham conhecimento real do risco para filhos menores desacompanhados durante longas escalas, e que menores desacompanhados que são tratados de forma negligente podem resultar nisso ‘, diz o processo.
Versão do pai
Em 2018, a mãe do menino, que é brasileira, o colocou em um voo da LATAM de Belo Horizonte com conexão em São Paulo e destino final em Orlando, de acordo com o processo. O garoto, que a dupla nacionalidade, tinha seus passaportes brasileiros e norte-americanos, bem como documentos solicitados pela LATAM nesse tipo de viagem (menor desacompanhado), em uma pasta de plástico em volta do pescoço.
Em algum momento, um comissário de bordo removeu a pasta e colocou os documentos na mochila do garoto. Ao desembarcar em São Paulo, o menino foi entregue a outro funcionário da LATAM que não foi informado onde estavam os documentos de viagem e não os encontrou a tempo de a criança embarcar para Orlando, diz a ação.
Como não conseguiram encontrar os documentos, a Polícia Federal brasileira se recusou a deixar o garoto no voo de conexão. Quando o funcionário da companhia aérea encontrou os documentos na mochila, o voo para a Flórida havia decolado, de acordo com o processo.
A companhia aérea decidiu então colocar o menino em um hotel próximo até o próximo voo na manhã seguinte. Quatro funcionários se revezaram na supervisão do menor por mais de 15 horas. Foi quando um dos funcionários – um homem – teria agredido sexualmente o garoto.
O processo alega que a criança sofreu ‘lesões traumáticas’ que carrega até hoje pelo suposto ataque. Um advogado da empresa Morgan & Morgan, representando o pai do garoto, argumentou que a companhia aérea tinha o dever de “fornecer meios adequados e seguros para transportar o menor desacompanhado”.
Sediada no Chile, a LATAM oferece voos por toda a América do Sul, bem como rotas intercontinentais. Em um comunicado à Associated Press, um porta-voz da LATAM disse que a empresa não recebeu uma intimação relacionada ao processo. “No entanto, leva a sério qualquer alegação dessa natureza e cooperará totalmente com qualquer investigação resultante”, afirmou.
Quando perguntado se o funcionário acusado ainda trabalha para a companhia aérea, o porta-voz da LATAM, David Harry, disse que a empresa “não tinha mais nada a acrescentar além de nossa declaração”.
O pai está processando a companhia aérea e pede indenização de mais de US $ 75.000. Com informações da Associated Press.
O Gazeta News entrou em contato com a assessoria de imprensa da LATAM, que ficou de verificar e dar um posicionamento sobre o caso. Acompanhe para atualizações.
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Fonte: Gazeta News